domingo, 25 de novembro de 2012

Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência divulga dados da violência homofóbica!!!!


Recentemente a Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência, divulgou oficialmente dados a respeito da violência homofóbica sofrida pela comunidade LGBT. Segundo este órgão do governo, são registradas cerca de dezenove denúncias diárias de violência motivada por preconceito homofóbico e ou identidade de gênero. Também aponta que os agredidos e agredidas tem um perfil: são em sua grande maioria homens, gays, negros entre 15 e 29 anos e as agressões acontecem na maioria dos casos por parentes e/ou vizinhos. 
Este estudo teve como base os dados coletados em 2011 pelo Disque 100, que recebe e verifica denúncias de violações de direitos humanos, somados a registros da ouvidoria do SUS, da Secretaria de Políticas para Mulheres e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação. É a primeira vez que o Governo Federal divulga estatísticas do gênero. 
As denúncias de violência alcançaram o alarmante número de 6.809, somente em 2011. Em 62% dos casos, o suspeito era conhecido da vítima, um familiar ou vizinho. Outro dado lamentável refere-se ao fato de que a casa da vítima é o local onde mais acontece a violência, respondendo por 42% dos casos. A rua, por sua vez, é o local de outros 31% dos casos. Em cerca de um terço do total, a violência foi cometida por desconhecidos, sendo que 9% dos casos não tiveram a identidade do suspeito informada. 
Quando ao perfil majoritário dos agressores, o estudo aponta que: em 52,5% dos registros, é homem; 43,9%, é heterossexual - e também tem de 15 a 29 anos. A maioria dos registros também aponta mais de um agressor. A violência psicológica, como humilhações e ameaças, foi a principal reclamação, com 42,5% do total, seguida de discriminação, 22%, e violência física, 16%..
Esses dados vem confirmar as pesquisas que são realizadas pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), desde 2006 e que já alertavam a sociedade e os órgão do governo a respeito do verdadeiro genocídio da comunidade LGBT. 
Como apontado anteriormente, este é o primeiro apontamento de um órgão oficial do governo, o que mostra o total descaso para com a questão. Nota-se também, que a elaboração e divulgação desta pesquisa não resulta em ações concretas por parte do Governo Federal para combater a violência contra LGBTs, muito pelo contrário.
Conforme apontado na pesquisa, tanto os agressores quanto os agredidos pertencem a uma mesma faixa etária. São jovens entre 15 e 29 anos. Portanto, encontram-se em idade escolar o que justifica a necessidade de se debater o tema nas unidades escolares e dar a batalha pelo combate ao preconceito e a discriminação.
Na contramão de tudo isso, em 2011 a presidente Dilma Rousseff, ignorando os dados de seu próprio governo, vetou o Kit anti Homofobia, que seria um material a ser trabalhado nas escolas públicas brasileiras. De acordo com declarações públicas da própria presidente, "seu governo" não "faria propaganda de opção sexual", deturpando, portanto, todo o caráter do material que não seria, nem de longe, um material de propaganda, mas um material de combate à violência homofóbica. Na verdade, o que motivou o veto da presidente foi proteger Palocci de uma CPI que investigaria as acusações de enriquecimento ilícito. Pressionada pela bancada evangélica e conservadora, a presidente, literalmente, "rifou" os direitos LGBTs em troca da cabeça de Antônio Palocci. 
Desde 2006 tramita no senado a PLC 122, projeto de lei que tem por objetivo a criminalização da homofobia. Diante dos altos índices de assassinatos, esta lei federal é uma urgência. No entanto, passa por grandes dificuldades, pois existe, inclusive na base aliada do governo, um setor que se opõe a qualquer legislação que garanta direitos a LGBTs. A última relatora da PLC 122 foi a senadora Marta Suplicy (PT-SP), mas em setembro de 2012, em troca do cargo de Ministra da Cultura, abandonou a relatoria da PLC, colocando o projeto em situação de extrema vulnerabilidade, pois quem pleiteia a relatoria da PLC é o senador Magno Malta (PR-ES), conhecido por sua postura extremamente homofóbica e contrária a qualquer avanço nos direitos da comunidade LGBT. 
O que fica para nós e a evidente constatação de que o movimento não pode depositar sua confiança nos governos, pois já está mais que demonstrado o fato de que todos eles, sem exceção, defendem outros interesses que não os da classe trabalhadora, muito menos os de setores oprimidos como mulheres, negras, negros e LGBTs. 
É preciso reorganizar o movimento com um recorte classista e independente de governos e de patrões. Tomar as ruas e exigir os direitos que historicamente nos foram negados. 






terça-feira, 13 de novembro de 2012

Uganda votará projeto de lei que prevê pena de morte para homossexuais


13 novembro 2012

Uganda votará projeto de lei que prevê pena de morte para homossexuais


A presidente do Parlamento de Uganda, Rebecca Kadaga, disse que o projeto de lei será votado pelos legisladores antes do final deste ano.

Nas últimas semanas, Kadaga tem repetidamente sugerido que os deputados irão finalmente ter a chance de votar sobre a legislação. O projeto de lei foi introduzido pela primeira vez em 2009 por David Bahati, mas ainda tem que obter a aprovação parlamentar.

Na segunda-feira, Kadaga disse à Associated Press que o projeto de lei, que originalmente prevê a pena de morte para alguns atos homossexuais, se tornará lei antes do final do ano.

Os Ugandenses "estão exigindo isso", disse Kadaga, reiterando a promessa que ela mesmo fez depois de voltar de uma conferência no Canadá, no mês passado (aqui).

Sexta-feira passada, um protesto anti-gay aconteceu em frente a uma escola na capital de Uganda, Kampala, com pais e alunos segurando cartazes dizendo que a homossexualidade é uma "abominação". Kadaga prometeu, então, considerar votar o projeto de lei em duas semanas, declarando que "o poder está em nossas mãos."

No início da semana passada, Kadaga participou de uma conferência sobre Gênero e Política no Portcullis Westminster House, em Londres. No mesmo evento a vice-Presidente do partido conservador inglês, Margot James, que é assumidamente lésbica, pediu para que os políticos do mundo todo promovam os direitos dos cidadãos LGBTs, e mencionou a situação caótica por que passam os homossexuais em Uganda.

Pepe Julian Onziema, um proeminente ativista gay ugandense, disse que a nova investida para aprovar a lei é frustrante. "É decepcionante, mas nós também vamos tentar uma reunião com a presidente para discutir o assunto", disse Onziema. No entanto, é improvável que Kanaga concorde com tal reunião.

Apesar do projeto de lei parecer ser muito popular em Uganda, ele tem atraído muitas críticas no exterior. O presidente dos EUA, Barack Obama, descreveu o projeto como "odioso", enquanto alguns países europeus ameaçaram cortar a ajuda financeira para o país africano caso o projeto se torne lei

Fonte: http://www.nossostons.com/2012/11/uganda-lei-anti-gay-pena-de-morte.html?utm_source=feedburner&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+nossostons+%28Nossos+Tons%29

Moção de Repúdio à SABESP pela demissão motivada por Transfobia


MOÇÃO DE REPÚDIO À SABESP PELA DEMISSÃO MOTIVADA POR DISCRIMINAÇÃO TRANSFÓBICA DA COMPANHEIRA TRANSEXUAL JACQUELLYNE DEL BELLO DA SILVA

MOÇÃO DE REPÚDIO À SABESP PELA DEMISSÃO MOTIVADA POR DISCRIMINAÇÃO TRANSFÓBICA DA COMPANHEIRA TRANSEXUAL JACQUELLYNE DEL BELLO DA SILVA.
São Paulo, 1º de Novembro de 2012.
A CSP – Conlutas e suas entidades filiadas e movimentos populares repudiam o processo ilegal de demissão da companheira transexual Jacquellyne Del Bello da Silva, concursada desde 1998, que sofreu um processo de perseguição Transfóbica que culminou em sua demissão.
Infelizmente, esse bárbaro fato foi acompanhado pelo Sindicato dos Trabalhadores, SINTAEMA, que nada fez para defender e impedir a demissão que ocorreu em função de sua identidade de gênero.
A companheira Jacqueline já sofria discriminação há anos por parte de seus colegar de trabalho, principalmente por parte de suas chefias que nunca aceitaram sua identidade de gênero. No entanto, este processo começou a se agravar nos últimos dois anos quando suas transformações corporais advindos de seu tratamento hormonal lhe deram a aparência que melhor lhe agradava e que condizia com a sua verdadeira identidade de uma mulher transexual.
A partir disso se iniciou todo um processo de assédio moral e perseguição implacável por parte de suas chefias.
Todo o processo de demissão da companheira transexual Jacquellyne, foi dado de forma ilegal e por um motivo torpe construído por meio de factoides construídos por sua chefia que além de não aceitarem sua transformação advinda de seu tratamento hormonal, começou a discriminá-la e persegui-la, chegando ao ponto de não aceitar seus laudos médicos e psicológicos sobre sua identidade de gênero feminina.
Em função disso, a companheira foi exposta por suas chefias que indiretamente permitiram e alimentaram todo o processo de discriminação transfóbica feita pelos seus colegas de trabalho, além de promoverem um criminoso assédio moral, tortura psicológica e uma perseguição sem tamanho contra a trabalhadora.
Não podemos deixar de destacar que as inúmeras situações de perseguição e assédio moral que a companheira passou estão: a exposição a diversas humilhações como chacota e piadas preconceituosas de colegas de trabalho, exposição de sua saúde em lugar insalubre , agravando seus processos alérgicos. Além disso, ocorreu um festival de ilegalidades como advertências por ter usado o toalete feminino e obrigá-la a usar toalete masculino como forma de punição e ser tratada pelo nome masculino de registro, negando a todo custo a chamá-la pelo seu nome social feminino.
Em meio a todo este vergonhoso processo de demissão, destacamos o papel do sindicato dos trabalhadores da Sabesp – SINTAEMA, que além de se omitir por completo em todo este nefasto e ilegal processo demissional, colaborando com a empresa, ratificando a homologação da demissão ilegal da companheira.
Diante de todo caso exposto a Csp – Conlutas repudia de forma veemente todo qualquer tipo de preconceito, discriminação etnico-racional, social, sexista, homofobia, lesbofobica e transfobia, colocando a disposição todo seu corpo jurídico para lutar pela reverter a demissão da companheira Jacquellyne Del Bello da Silva e reintegrá-la entre quadros funcionais da Sabesp.
Saudações;
Entidades que Assinam:
CSP-CONLUTAS – CENTRAL SINDICAL E POPULAR
A REDTRANS BRASIL APOIA A CARTA DE REPÚDIO EM CONJUNTO COM CSP-CONLUTAS
INDIANARA SIQUEIRA -SECRETARIA DA REGIÃO SUDESTE NA REDTRANS BRASIL FILIADA À REDLACTRANS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Em troca de cargo, Marta Suplicy (PT-SP) abandona relatoria da PLC 122


Marta Suplicy (PT-SP) abandonou a relatoria do PLC 122 e Magno Malta pediu para ser o novo relator. A falta de compromisso genuíno da petista com as causas LGBT que ela tanto alega defender deixou o espaço livre para Malta pedir a relatoria do projeto.
A convite da presidente Dilma, Marta Suplicy (PT-SP) saiu do Senado Federal para o Ministério da Cultura. Esse é o motivo por que a "rainha do movimento gay", como é conhecida, prontamente abandonou PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia no Brasil.
Ela era a relatora do projeto desde fevereiro de 2011, quando assumiu o posto da ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO), derrotada em seu estado natal. 
Com sua saída do Senado, assume sua vaga seu suplente, Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), que é católico e contrário à políticas anti homofóbicas. Como senador, Rodrigues irá dar um tom "pró-família" para a vaga que Marta ocupava no Senado.
Em troca de apoia à famigerada candidatura de Haddad para a prefeitura de São Paulo, a fome da petista pelo cargo de ministra da Cultura deixou o PLC 122 sem relatoria, fato bem contraditória para uma mulher que diz não abrir mão das causas LGBTs.
Essa não é a primeira vez que Marta age na base do oportunismo. Em eleição passada à prefeitura de São Paulo, ao ver que estava perdendo, ela insinuou, na propaganda de sua campanha, que o candidato opositor era homossexual. Foi uma jogada estratégica: sabendo que a homofobia impera no país, Marta se aproveitou e tentou tirar a força o outro candidato "do armário", a fim de que o povo reagisse contra ele e a favor dela.
Foi uma jogada de cobra!!!!!
Resta agora se preparar para o que a “cobra” irá aprontar no Ministério da Cultura.
(Artigo escrito por Julio Severo) 

Movimento Mulheres em Luta: Panfleto Especial ACE

Movimento Mulheres em Luta: Panfleto Especial ACE

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Moção de Repúdio do I Seminário Nacional sobre Diversidade Sexual do ANDES -SN


MOÇÃO DE REPÚDIO

Os participantes do I Seminário Nacional do ANDES-SN sobre Diversidade Sexual, realizado na URCA, na cidade do Crato-Ce, nos dias 19 e 20 de outubro de 2012, vêm a público manifestar seu veemente repúdio à violência lesbofóbica que, no dia 16 de outubro do corrente ano, fez mais duas vítimas quando um homem de prenome Alan invadiu a residência de Daiane Almeida dos Santos, 22 anos, e Djenane Ferreira Lima, 19 anos, e as esfaqueou, deixando a primeira gravemente ferida e assassinando a segunda.
Esse é o 2° caso de violência lesbofóbica que vitimiza um casal de lésbica na região metropolitana de Salvador, em menos de 4 meses. No mês de agosto, o casal Laís Fernanda dos Santos, 25, e Maiara Dias de Jesus, 22, em Camaçari, foram barbaramente assassinadas por um homem que, segundo informações policiais, possivelmente seja o ex-namorado de uma das vítimas.
Assim como esses casos de violência lesbofóbica, vários outros casos de violência física nem chegam às estatísticas policias, pois muitas vítimas sentem-se constrangidas na oficialização da denúncia dos agressores, assim como os milhares de casos de assédios e bullying com essa motivação nas escolas, locais de trabalho e no atendimento em hospitais, delegacias e consultórios, público e privado. Todos esses casos de violência revelam as conseqüências de uma ideologia e discurso heteronormativo, sexista e homofóbico que precisamos combater.
Também, cabe-nos ressaltar que as violências homofóbica, lesbofóbica, transfóbica e travestifóbica são resultado da falta de ações efetivas por parte do governo Dilma, que ao invés de propor uma política de Estado no combate a esses tipos de violências, suspendeu distribuição do kit-anti-homofobia nas escolas, em nome da “moral e dos bons costumes”. Para nós, a falta de uma política aos LGBT traz como conseqüência todos esses tipos de agressões e a morte de centenas de lésbicas, travestis, transexuais e gays anualmente no Brasil.
Exigimos o acompanhamento pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia e a punição de todos os criminosos envolvidos pelos assassinatos das lésbicas, tanto em agosto, quanto em outubro. Reivindicamos, ainda, uma política de Estado de combate à homofobia, lesbofobia, transfobia e travestifobia pelo governo Dilma, pelos governos estaduais e municipais.

Crato-Ce, 20 de outubro de 2012.

Boletim Informativo.

BOLETIM INFORMATIVO
Outubro, 2012
O ano de 2012 contou com diversas atividades como reuniões, palestras e debates promovidos pelo "Contra Opressões Maria Bonita".  Este coletivo entende que a luta contra o machismo, o racismo e a homofobia deve ser cotidiana, neste sentido, combater todas as formas de opressão é também tarefa sindical. Como sabemos, não foi o capitalismo quem inventou as opressões, mas é este sistema quem mais se beneficia delas, pois as utiliza como instrumento de divisão, ou seja, o capitalismo potencializa as opressões para garantir que a sociedade, assim dividida, se mantenha firme na exploração do conjunto da classe trabalhadora.  Portanto, a luta contra o machismo, o racismo e a homofobia não são lutas de setores isolados, mas do conjunto da classe trabalhadora, pois ao eliminarmos as opressões de nosso meio, nos tornamos mais fortes para, de conjunto, lutarmos pelo fim da exploração e pela organização de uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária, uma sociedade socialista. 
As atividades deste coletivo seguem firmes. Ainda no próximo mês teremos uma reunião na qual organizaremos uma atividade para o "Dia da Consciência Negra".
Agradecemos, desde já, a participação de todos e todas. Mais uma vez estendemos o convite para que mais e mais professores e professoras se incorporem nas atividades deste coletivo para que através de nossa formação possamos levar para nossas unidades escolares, bem como em todos os espaços sociais que atuamos, a luta diária contra todo tipo de opressão e exploração. 

domingo, 13 de maio de 2012

Debate "A Mulher Negra - Da Colonização aos dias atuais" 12/05/2012


Debate com o tema "A Mulher Negra - Da Colonização aos dias atuais" (12 de Maio de 2012)


No dia 12 de maio de 2012 aconteceu na Subsede da APEOESP-Guarulhos, Arujá e Santa Isabel um debate com o tema "A Mulher Negra - Da Colonização aos dias atuais". 
A atividade contou com a participação de cerca de 30 pessoas entre professores, professoras, alunos e alunas de Guarulhos e Arujá. Também estiveram presentes dois trabalhadores da indústria farmacêutica o que reflete o caráter classista da atividade, bem como a necessidade de unir trabalhadores de diversas categorias em torno do tema relacionado ao combate a toda a forma de opressão. 
O Coletivo Contra Opressões "Maria Bonita"  preparou o espaço onde se deram os debates ornamentando-o com três paineis de fotografias os quais tematizaram algumas faces da realidade de negras e negros. 
O primeiro painel buscou resgatar a imagem positiva de negros e negras por meio de sua beleza e diversidade cultural. Imagem esta muitas vezes deturpada ou até mesmo "escondida" historicamente pelos opressores.
O segundo painel tinha por tema "O trabalho" e buscou refletir as diversas atividades exercidas por negros e negras. Foram fotos tiradas pelos organizadores da atividade e que buscaram retratar as profissões mais comuns exercidas por negras e negros. Evidenciou-se que negras e negros exercem, em sua ampla maioria,  funções com menor prestígio social, bem como com menores remunerações. Tais dificuldades em exercer determinadas profissões são resultado do processo histórico que colocou negros e negras sempre em condições de difícil acesso à educação, portanto, as dificuldades em atuar em determinadas carreiras profissionais não é, de forma alguma, resultado de uma suposta incompetência, mas fruto de todo um processo deliberado de segregação e marginalização social. O terceiro painel retratou a juventude negra. 

A atividade contou com a participação de três debatedoras. 
  • Rosemar é professora, Conselheira Regional da APEOESP pela Oposição Alternativa e também militante do PSTU. Em sua argumentação fez um resgaste histórico acerca das condições sociais impostas às mulheres negras desde o período da Colonização aos dias atuais. Sua fala evidenciou que, infelizmente, a burguesia tenta, deliberadamente, apagar fatos históricos que mostram que no Brasil negras e negros sempre sofreram com a segregação e a marginalização, por conta disso, o país tem uma dívida histórica de reparação aos incontáveis danos causados a toda comunidade negra brasileira. 
  • Ângela é professora, Conselheira Regional da APEOESP pela TLS (Trabalhadores em Luta pelo Socialismo) e militante do PSOL. Ângela apresentou dados estatísticos que reafirmaram todos os apontamentos feitos pela debatedora que a antecedeu. Em sua fala evidenciou-se, por meio de dados oficiais, que a comunidade negra, de maneira geral, vive ainda hoje as piores condições sociais, sendo as mulheres as mais prejudicadas. Os dados demonstraram que o Brasil ainda é o pais da segregação racial. 
  • Fabiana é professora, Conselheira Estatual da APEOESP pela Oposição Alternativa. Em sua argumentação debateu a respeito da legislação brasileira voltada para negros e negras, como a Lei do Ventre Livre, Lei Áurea, Lei da Africanidades, Lei da Igualdade Racial.  Sua fala evidenciou que em nenhum momento da história do país essas leis favoreceram verdadeiramente as negras e negros. A lei que determina o ensino das africanidades nas escolas, por exemplo, nunca foi cumprida. A criminalização do racismo também é algo que existe apenas no papel. 
PARA TER ACESSO A MAIORES INFORMAÇÕES, BEM COMO FOTOS DO DEBATE ACESSE A PÁGINA "ATIVIDADES" DESTE BLOG. 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Atividades do "Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra".


“Contra as cotas, só os racistas!!!”
Na semana do “13 de maio”, o Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra convida todos e todas para a jornada em defesa de reparações e direitos para o povo negro

Em 13 de maio, o Estado brasileiro celebra a “abolição da escravidão”. Contudo, para negros e negras, há muito pouco o que comemorar. Por isso mesmo, longe de ser um “dia de festa”, para nós, este é um dia de denúncia do racismo. E, infelizmente, passados 124 anos desde que o Brasil tornou-se o último país do mundo a libertar seus escravos, há muito o que denunciar.

Afinal, hoje, negros e negras ainda formam a maioria dos mais pobres, dos sem-teto e sem-terra e daqueles que não têm acesso à educação, à saúde, ao transporte, à moradia, à terra e ao trabalho dignos. E, ao mesmo tempo, lamentavelmente, também é negra a maioria dos jovens vitimados pela violência social e racial, inclusive (e especialmente) por parte dos agentes de repressão do próprio Estado.

Reparações já! Queremos direitos e justiça!
Diante desta situação, bem como da crescente onda de higienização étnico-social e criminalização da pobreza e dos movimentos sociais que temos presenciado país afora, o Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra (que congrega mais de 20 entidades dos movimentos negro e popular e, recentemente, esteve à frente da “ocupação” do shopping Higienópolis) organizou uma “jornada de lutas” na semana que antecede o “13 de maio” deste ano.

O tema central da jornada – “Contra as cotas, só os racistas!” – tem como objetivo a implementação imediata de políticas de ações afirmativas, particularmente nas universidades estaduais de S. Paulo (que se recusam a adotar medidas efetivas neste sentido).

Contudo, esta não é única reparação que necessitamos. Também sairemos às ruas em luta contra os ataques às terras remanescentes de Quilombos cuja existência vem sido ameaçada tanto por latifundiários quanto pelas “grandes obras” promovidas pelas três esferas de governo (municipais, estaduais e federal).

Mães pretas, mães de luto e de luta!
Neste “13 de maio”, quando também se celebra o “dia das mães”, o Comitê levará às ruas as histórias de sofrimento e, principalmente, de luta de todas as “mães pretas” que tiveram (e continuam tendo) suas vidas marcadas pelo sofrimento e pela luta.

Assim, estarão conosco a memória de Dandara (comandante do exército do Quilombo de Palmares) e Luiza Mahin (dirigente da Revolta dos Malês, em 1835, e mãe do militante abolicionista Luís Gama). Como também marcharemos ombro-a-ombro com as “Mães de Maio”, cujos filhos, companheiros, amigos e parentes foram assassinados há seis anos, quando agentes policiais e paramilitares ligados a grupos de extermínio mataram mais de 560 pessoas durante apenas 8 dias, numa suposta ação contra o PCC.

Além de exigir justiça para estas mulheres, a “jornada de lutas” do Comitê também irá levar para as ruas a luta contra as muitas formas de opressão e exploração que, combinando machismo e racismo, marcam profundamente a vida das mulheres negras: da imposição de padrões eurocêntricos de beleza à superexploração em postos de trabalho precarizados e terceirizados; da tentativa de transformá-las em objetos sexuais à violência doméstica; da falta de assistência médica à impossibilidade de acesso à educação e creches.

As atividades da Jornada
10 de maio: Aula Pública e Marcha pelo centro da capital
Horário e local de concentração: 16:30h, na Praça da Sé.
Mesa da “Aula Pública”:  Milton Barbosa (MNU - mediador do debate); Reginaldo Bispo (MNU – “A luta quilombola”); Danilo Cruz (Fórum de Esquerda / aluno de Direito/USP – “Em defesa das cotas) e representante do Movimento Mães de Maio (Contra a violência racista e policial).  
Saída da Marcha: 18:30h

11 de maio: Aniversário do Núcleo de Consciência Negra
Em comemoração aos 25 anos de existência e como ato de resistência à tentativa de “despejo”, que vem sofrendo por parte da reitoria da Universidade de S. Paulo, o NCN irá promover duas atividades, às 18 horas, o debate “Identidade Negra Brasileira”, com a participação de Allanda Rosa (Arte-educador, escritor e angoleiro); Jupiara Gonçalves de Castro (Fundadora do NCN e trabalhadora do FMUSP) e o Prof. Dr. Salomão Jovino (Aruanda Mundi).
21 horas: Festa

12 de maio: Contra o genocídio da juventude negra
14 horas: Ato político e apresentações culturais em memória dos jovens negros mortos nas periferias de S. Paulo.

13 de maio: uma homenagem às mães pretas
Manhã: panfletagem nas missas da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (Largo do Paissandu).

14 de maio: Debate sobre cotas, acesso e permanência (a confirmar)
Local: Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC – SP)
Horário: 18:30h

Para maiores informações:
·         Beatriz (Uneafro): beatriz@cqs.adv.br
·         Vanessa (Sujeito Coletivo / NCN): nessalela@gmail.com
·         Júnior (Levante Popular da Juventude): afrorebelde@yahoo.com.br
·         Wilson (Quilombo Raça e Classe): wilsonhsilva@gmail.com



sábado, 5 de maio de 2012

Organize-se!! Coletivo Contra Opressões "Maria Bonita" APEOESP-Guarulhos, Arujá e Santa Isabel.


O Machismo, o racismo e a homofobia são formas de opressão que se configuram como pilares de sustentação do Capitalismo. Isso porque servem exclusivamente para dividir a classe trabalhadora e a enfraquecer na luta contra a exploração. Portanto, combater as opressões é tarefa do conjunto da classe trabalhadora. 
Este coletivo tem como tarefa central debater o tema das opressões e combatê-las cotidianamente, seja no interior do sindicato ou fora dele. Para isso, mantemos um calendário de reuniões para fortalecer nossa atuação política, bem como organizar atividades como palestras, debates, encontros e cine-debates. 
Você é bem vindo, bem vinda a este coletivo. 
ORGANIZE-SE!!!!
Contatos: 
E-mail: coletivomariabonita@yahoo.com.br

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Plenária Nacional LGBT da CSP-Conlutas.



No período de 27 a 30 de maio aconteceu em Sumaré, SP, o I Congresso Nacional da CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular. Estiveram presentes delegados e delegadas de todos os estados brasileiros, além de delegações internacionais que representaram 22 países como Egito, França, Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Senegal, Benin, África do Sul, EUA, Canadá, Costa Rica, Haiti, México, Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Bolívia e Uruguai.
O Congresso foi precedido do I Encontro Nacional de Mulheres da CSP-Conlutas. As companheiras debateram um programa classista e independente, além de votar uma carta ao Congresso proposta pelo MML, Movimento Mulheres em Luta, uma organização de mulheres filiada a central.
Nos dias 28 e 29 aconteceram duas Plenárias LGBTs(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) que reuniu cerca de 60 delegados e delegadas que debateram um programa classista e independente para o movimento LGBT, além de  votar um calendário de ações para o próximo período. Este calendário e o resultado dos debates foram apresentados nos grupos de trabalho e votado na Plenária Geral do Congresso que aprovou as propostas por consenso. Pela primeira vez, estiveram presentes delegados e delegadas LGBTs oriundos de movimentos sociais, o que representa um grande avanço para a organização do setorial da Central. 
As propostas apresentadas e aprovadas pelo Congresso foram: 
  • Organização de uma cartilha LGBT voltada para o movimento sindical e popular;
  • Organização de um Encontro Nacional LGBT da CSP-Conlutas;
  • Ampla campanha pela criminalização da homofobia a partir da aprovação da PLC122 em seu texto original;
  • Campanha pelo casamento civil entre pessoas do mesmo sexo;
  • Campanha por um serviço de saúde pública voltado à mulheres lésbicas e pessoas transexualizadas;
  • Jornada de mobilização no movimento sindical para o combate a homofobia sofrida por LGBTs em seus locais de trabalho;
  • Campanha contra programas de televisão de conteúdo homofóbico;
  • Campanha pelo Estado Laico;
  • Participação na II Marcha Nacional contra Homofobia de Brasília que acontecerá no dia 16 de maio de 2012;
  • Intervenção nas Paradas do Orgulho LGBT;
O Coletivo Contra Opressões "Maria Bonita" teve representatividade em todos os momentos do Congresso inclusive no I Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas, bem como nas Plenárias LGBT. Nestas atividades foi possível partilhar nossa experiência e contribuir para organização de movimentos combativos, classistas e independentes de governos e de patrões.

CSP-Conlutas promove Primeiro de Maio Classista, de Luta e internacionalista.



Atividade reúne mais de 2 mil pessoas na Paulista e conta com a participação de sindicalista egípcia, operários de Belo Monte (PA) e Comperj (RJ) em greve

Ato conta com trabalhadores da maioria dos estados brasileiros e representações de 20 países.

A CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular, junto com outras organizações de esquerda, reuniu mais de 2 mil pessoas em ato de 1° de Maio. A concentração foi no vão livre do Masp na Avenida Paulista, às 9h. Após realização de um ato político a manifestação desceu a rua da Consolação onde foi finalizada em frente à Igreja da Consolação com um novo ato político.

A manifestação teve a presença de trabalhadores da maioria dos estados brasileiros. Participaram uma delegação de trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte e uma de trabalhadores do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos em greve. Além dessas, estavam metalúrgicos de São José do Campos, trabalhadores rurais de Brasiléia e Xapuri (AC), bancários do Rio Grande do Norte, professores de diversos estados, metroviários de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, servidores públicos federais, estaduais e municipais, operários da construção pesada de Suape (PE), estudantes, rodoviários de Fortaleza (CE), representações quilombolas de diversos estados, movimentos populares de São Paulo e do Pinheirinho (SJC), além de outras categorias e organizações que atuam na luta contra as opressões (mulheres, negros e LGBT).

Presença de 20 países – Um dos pontos fortes da manifestação da CSP Conlutas foi a presença de uma delegação internacional, com representantes de organizações de trabalhadores de 22 países: Egito, França, Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Senegal, Benin, África do Sul, EUA, Canadá, Costa Rica, Haiti, México, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai.

A atividade foi encerrada pela presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores de Giza, membro do comitê de direção da Federação dos sindicatos independentes do Egito, Fatma Ramadan que saudou os trabalhadores aqui do Brasil e ressaltou o perfil classista e internacionalista da Central.

Fatima contou aos trabalhadores presentes no ato os problemas enfrentados em seu país. ” Lá no Egito também sofremos com as demissões em massa e as terceirizações que retiram direitos. O capitalismo quer que paguemos a conta da crise. A revolução no Egito deve se espalhar pelo mundo para combater esses ataques”, salientou.

O 1º de Maio organizado pela CSP-Conlutas encerrou o 1° Congresso Nacional da Central, que ocorreu na cidade de Sumaré (SP), de 27 a 30 de abril.

Diferente do 1º de Maio de outras centrais sindicais, a manifestação não foi patrocinada por empresas ou governos.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Proposta de Carta para o 1o Encontro de Mulheres da CSP-Colutas.


Carta do 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas 

Lutar contra o machismo e a exploração,
unir a classe trabalhadora e fortalecer a CSP Conlutas na base

A crise econômica que afeta com mais intensidade os países europeus demonstra que o capitalismo em crise busca na super exploração, incluindo os setores mais oprimidos da classe, a saída para resolver suas crises. Conquistas históricas das mulheres no continente europeu, como a legalização do aborto e a previdência social estão sendo atacadas. No norte da África, as mulheres vêm sendo protagonistas do enfrentamento a ditaduras que exerciam e exercem sobre as mulheres duras consequências. Nesses dois processos, o potencial de mobilização e organização das mulheres tem sido fundamental para vitória das lutas.
No Brasil, a eleição inédita de uma mulher para a presidência da República ajuda a desassociar a mulher do lar, da ausência da vida política, mas a experiência de 16 meses com o governo de Dilma Roussef/PT tem reafirmado a ideia de que não basta ser mulher para defender as trabalhadoras.
O alinhamento do governo do PT às políticas do capital - traduzido na política de cortes no orçamento das áreas sociais, no pagamento de juros exorbitantes que favorecem o enriquecimento da burguesia financeira, na isenção fiscal aos grandes empresários, na privatização dos aeroportos, na aplicação de medidas que se dizem anti-crise, mas reduzem os direitos dos trabalhadores, na criminalização crescente dos movimentos sociais, na manutenção das tropas brasileiras no Haiti, por exemplo – demonstra que Dilma optou por governar para os banqueiros e empresários, atendendo a interesses que não podem ser conciliados aos das mulheres trabalhadoras.
Essas medidas têm consequências particulares sobre as mulheres trabalhadoras. A promessa de construção de 6427 novas creches já está totalmente comprometida, afinal em 2011, nenhuma nova creche foi erguida. Os programas de combate à violência contra a mulher também tiveram seu financiamento reduzido. Com o projeto Rede Cegonha e a MP 557, a presidenta fez retroceder conquistas históricas relacionadas à concepção da saúde da mulher na sua integralidade e não apenas restrita aos períodos da maternidade. Sob o governo de Dilma, o debate sobre a legalização do aborto sofreu um enorme retrocesso, com o compromisso de Dilma na “Carta ao povo de deus”, se comprometendo a não alterar a legislação relativa ao aborto.
A vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas vem desenvolvendo políticas e leis que atuam contra os trabalhadores/as. O episódio do Pinheirinho demonstrou que em favor desses megaeventos, o governo brasileiro está ampliando a criminalização dos que lutam por moradia e promovendo desastres na vida da população pobre.

As mulheres trabalhadoras - As mulheres são metade da classe trabalhadora brasileira (46%). Elas são a maioria dos trabalhadores da Administração Pública, tem presença significativa nas indústrias e nos setores considerados masculinos, como metalurgia, mineração e construção civil, a contratação de mulheres vem crescendo sensivelmente nos últimos 10 anos.
Essa ocupação “feminina”, embora muito importante, é resultante dos processos de reestruturação produtiva e veio acompanhada de precarização de trabalho que afetou toda a classe e as mulheres em particular porque se apoia nos aspectos culturais a respeito do papel da mulher como justificativa para pagar menores salários. Hoje, elas ganham em média até 33% menos que um homem para uma mesma função. Isso afeta a toda a classe porque o valor menor da mão-de-obra feminina ajuda a rebaixar o valor global dos salários.
O trabalho doméstico desobriga o estado e os patrões de garantirem creches, lavanderias, restaurantes públicos e aumenta a exploração, pois a mulher trabalhadora segue tendo responsabilidade com os filhos e a casa. Elas acumulam um dia a mais de trabalho por semana em virtude da dupla jornada.
O machismo tem sido utilizado pelos patrões para ampliar a divisão na classe e aprofundar a exploração. As demandas das mulheres trabalhadoras são demandas da classe e por ela precisa ser levantada. A unidade das mulheres trabalhadoras é com os trabalhadores e não com as mulheres burguesas.
Essa realidade impõe desafios à organização do movimento sindical e popular que se reorganiza sob a perspectiva da defesa dos direitos da classe trabalhadora e do resgate de sua luta e tarefa históricas. A incorporação real das demandas das mulheres trabalhadoras como parte da luta e atuação cotidiana do movimento sindical e popular é parte desse desafio, para combater o machismo, unir a classe e aproveitar o potencial de organização de metade da classe trabalhadora do nosso país.

Por isso, o I Encontro de Mulheres, realizado no dia 27 de abril, apresenta ao Congresso da CSP Conlutas as seguintes propostas:

Principais bandeiras específicas:
- Salário Igual para Trabalho Igual!
- Licença-maternidade de 6 meses sem isenção fiscal, para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a um ano!
- Creches em tempo integral, gratuitas e de qualidade para todos os filhos da classe trabalhadora!
- Anticoncepcionais para não abortar, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
- Revogação imediata da MP 557, que criminaliza as mulheres!
- Fim da Violência contra a mulher! Aplicação e Ampliação da Lei Maria da Penha! Punição dos Agressores, construção de casas-abrigo!

Campanhas Políticas:
 - Reafirmar a inclusão das datas históricas das lutas das mulheres no calendário de atividades da Central: o 8 de março – dia internacional de luta das mulheres trabalhadoras; 28 de setembro - dia latino americano de luta pela legalização e descriminalização do aborto; 25 de novembro - dia latino americano de luta contra a violência às mulheres.
 - Fortalecer as campanhas que a CSP Conlutas vem desenvolvendo, como a “Trabalho Igual, Salário Igual”, e a “Campanha Nacional por Creches”. Essas campanhas devem ser encaradas como o esforço para colocar as mulheres trabalhadoras em movimento, para fortalecer a luta do conjunto da classe trabalhadora e como uma forma de incorporar cotidianamente as respostas políticas em relação às consequências da exploração e da opressão, traduzidas na diferença salarial, na falta de creches públicas e nos locais de trabalho, no assédio moral e sexual nos locais de trabalho, nos transportes públicos.

Medidas Organizativas:
Qualquer organização que se pretende a fortalecer o movimento de massas na perspectiva de dar protagonismo às lutas e necessidades reais da classe trabalhadora precisa dar centralidade política e organizativa aos temas relacionados às lutas das mulheres, por isso defendemos:
Criação de Secretarias de Mulheres nos Sindicatos;
-Cotas para as mulheres nas diretorias, respeitando percentual de mulheres em cada categoria, como instrumento de promoção das mulheres, de formação de dirigentes sindicais, como o esforço para refletir as políticas das mulheres e para criar identificação das trabalhadoras da base com suas direções;
 - Desenvolvimento de organizações por local de trabalho e CIPAS, estimulando a participação das mulheres, sendo os olhos e ouvidos das direções sindicais sobre a realidade da mulher trabalhadora dentro da fábrica, da escola, da obra;
 - Realizar Campanhas de sindicalização voltada às mulheres;
 - Realização de Encontros de Mulheres para deliberar sobre as pautas das mulheres a serem incorporadas na luta cotidiana;
- Cursos e palestras para a categoria e diretoria, como forma de educação política e vigilância constante às posturas machistas que ocorrem no interior do movimento sindical.
 - Avançar e discutir no movimento popular como desenvolver mecanismos para ampliação da participação das mulheres, com a criação de espaços específicos que possam debater a realidade dessas trabalhadoras, encontros de mulheres nas ocupações, reuniões periódicas para discutir a demanda por creche, o combate à violência doméstica, etc.

As mulheres trabalhadoras, reunidas no 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas acreditam que as políticas e ações aqui apresentadas atuam no sentido de fazer agitação política sobre as mulheres trabalhadoras para ganha-las para a luta classista, tarefa fundamental para unir a classe trabalhadora e impor uma derrota aos patrões e governos, fortalecendo a luta por uma sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade socialista.