sexta-feira, 29 de agosto de 2014
LGBTfobia e Racismo nas escolas estaduais de São Paulo.
Opressão nas escolas
Pesquisa da Apeoesp, o sindicato dos professores do Estado de São Paulo, revela que mesmo com a ação de professores-mediadores, a discriminação está se disseminado nas escolas paulistas, mostrando a origem dos casos de bullying – a perseguição continuada.
Pesquisa da Apeoesp, o sindicato dos professores do Estado de São Paulo, revela que mesmo com a ação de professores-mediadores, a discriminação está se disseminado nas escolas paulistas, mostrando a origem dos casos de bullying – a perseguição continuada.
O levantamento, feito em março de 2014 e
disponibilizado ao Diário foi
aplicado em todas as diretorias de ensino e mostra que as maiores vítimas são homossexuais
e negros. Foram 2,1 mil entrevistados, entre eles 700 professores, 700
pais e 700 alunos.
No mesmo questionário, 36% dos professores disseram ter visto ou souberam de casos de preconceito contra homossexual, 29% contra negros e 18% contra nordestinos.
Em um caso recente, um aluno de 15 anos de Rio Preto chegou a levar uma faca de cozinha na escola para tentar se livrar dos abusos. O aluno do 1º ano do ensino médio da escola estadual Antônio de Barros Serra, no bairro Boa Vista, alegou que era chamado de homossexual, gordo e filho de lobisomen porque tem bastante pelo no braço. O adolescente foi ouvido e liberado e o caso encaminhado à Vara da Infância e Juventude.
A mesma pesquisa revela que os professores também são vítimas de discriminação dentro das escolas – 37% dos 700 ouvidos responderam ter sofrido discriminação.
No mesmo questionário, 36% dos professores disseram ter visto ou souberam de casos de preconceito contra homossexual, 29% contra negros e 18% contra nordestinos.
Em um caso recente, um aluno de 15 anos de Rio Preto chegou a levar uma faca de cozinha na escola para tentar se livrar dos abusos. O aluno do 1º ano do ensino médio da escola estadual Antônio de Barros Serra, no bairro Boa Vista, alegou que era chamado de homossexual, gordo e filho de lobisomen porque tem bastante pelo no braço. O adolescente foi ouvido e liberado e o caso encaminhado à Vara da Infância e Juventude.
A mesma pesquisa revela que os professores também são vítimas de discriminação dentro das escolas – 37% dos 700 ouvidos responderam ter sofrido discriminação.
Proposta do Estado
Para amenizar o problema, o Estado começou oferecer curso de capacitação para professores mediadores. Foram capacitados 128 professores-mediadores especificamente para coibir comportamentos discriminatórios, como racistas, homofóbicos, entre outros. Uma ação importante, mas muito tímida haja vista o número de escolas em todo o Estado de São Paulo.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Minutas do PSDB para Educação Paulista são Machistas! Não aceitaremos mais esse ataque
Não é sem fundamento a afirmação de que combater o fim das opressões é
fortalecer a luta da classe trabalhadora de conjunto. Com relação a categoria
do magistério essa questão ganha ainda mais peso.
O MEC (Ministério da Educação) divulgou pesquisa na qual evidencia-se o fato de que as mulheres compõem 81,5% do total de professores da educação básica do país. Há 2 milhões de professores neste nível educacional, dos quais 1,6 milhão são do sexo feminino. Esses números refletem o quanto a opressão é utilizada pelo capitalismo para super explorar um setor da sociedade.
O machismo é uma ideologia, ou seja, um conjunto de ideias falsas que cria uma falsa verdade e que é utilizada pelo sistema capitalista para manter a dominação e ampliar a exploração. A ideologia machista aponta como algo natural da mulher a atenção, a delicadeza e a meiguice, decorrentes do fato de serem mães. Sob este viés, cuidar de crianças, adolescentes e jovens seria uma extensão natural da maternidade. Desta forma, não há porque valorizar a atividade educacional, já que a mulher é "naturalmente" cuidadora, protetora, aquela que "naturalmente" foi criada para ensinar. Esta é uma questão importante, não a única, que explica a baixa remuneração da categoria. Não apenas isso, mas também a precariedade na contratação, nas jornadas de trabalho, na formação profissional entre outros fatores.
Há vinte anos o Estado de São Paulo é governado pelo PSDB. Ao longo desse período a Educação Pública tem passado por um amplo processo de sucateamento. Se hoje a situação não está pior é em decorrência da organização da categoria para defender a escola pública.
A última tentativa de atacar ainda mais a categoria foi feita no final do mês de junho, quando o governo apresentou duas minutas, que são propostas de alteração no Estatuto do Magistério e no Plano de Carreira. Tratam-se, em síntese, de um conjunto de ataques que visam desmontar ainda mais a escola pública.
As minutas fortalecem a meritocracia, aprofundando a divisão da categoria, pois força a percepção equivocada de que a Educação é um ato individual e não social, coletivo; Prevêem a manutenção e aprofundamento das contratações precárias, com perdas de direitos trabalhistas imensas; Avaliação de direção com o evidente objetivo de aprofundar no interior da escola o assédio moral; O fim do período de recesso escolar para a categoria entre outros ataques.Destacamos aqui a alteração na jornada de trabalho:
O MEC (Ministério da Educação) divulgou pesquisa na qual evidencia-se o fato de que as mulheres compõem 81,5% do total de professores da educação básica do país. Há 2 milhões de professores neste nível educacional, dos quais 1,6 milhão são do sexo feminino. Esses números refletem o quanto a opressão é utilizada pelo capitalismo para super explorar um setor da sociedade.
O machismo é uma ideologia, ou seja, um conjunto de ideias falsas que cria uma falsa verdade e que é utilizada pelo sistema capitalista para manter a dominação e ampliar a exploração. A ideologia machista aponta como algo natural da mulher a atenção, a delicadeza e a meiguice, decorrentes do fato de serem mães. Sob este viés, cuidar de crianças, adolescentes e jovens seria uma extensão natural da maternidade. Desta forma, não há porque valorizar a atividade educacional, já que a mulher é "naturalmente" cuidadora, protetora, aquela que "naturalmente" foi criada para ensinar. Esta é uma questão importante, não a única, que explica a baixa remuneração da categoria. Não apenas isso, mas também a precariedade na contratação, nas jornadas de trabalho, na formação profissional entre outros fatores.
Há vinte anos o Estado de São Paulo é governado pelo PSDB. Ao longo desse período a Educação Pública tem passado por um amplo processo de sucateamento. Se hoje a situação não está pior é em decorrência da organização da categoria para defender a escola pública.
A última tentativa de atacar ainda mais a categoria foi feita no final do mês de junho, quando o governo apresentou duas minutas, que são propostas de alteração no Estatuto do Magistério e no Plano de Carreira. Tratam-se, em síntese, de um conjunto de ataques que visam desmontar ainda mais a escola pública.
As minutas fortalecem a meritocracia, aprofundando a divisão da categoria, pois força a percepção equivocada de que a Educação é um ato individual e não social, coletivo; Prevêem a manutenção e aprofundamento das contratações precárias, com perdas de direitos trabalhistas imensas; Avaliação de direção com o evidente objetivo de aprofundar no interior da escola o assédio moral; O fim do período de recesso escolar para a categoria entre outros ataques.Destacamos aqui a alteração na jornada de trabalho:
Essa alteração, se aprovada, não atende a histórica reivindicação da
categoria pela aplicação da jornada do piso, que prevê um terço da jornada pra
atividades extra classe. A mudança apenas aumenta o tempo de permanência na
escola, portanto, aprofunda ainda mais a exploração. Isso não é qualquer coisa em se tratando de uma categoria
majoritariamente feminina. Infelizmente, as mulheres permanecem subjugadas a dupla ou
tripla jornada, uma vez em decorrência do machismo, continuam
escravas dos serviços domésticos e do cuidado dos filhos. O governo e o capitalismo sabem disso e não se intimidam em orquestrar ataques dessa natureza.
Não podemos aceitar!!!. É preciso denunciar, mas também nos
organizar!!!.
Provisoriamente, por conta da campanha eleitoral, o governo recurou, mas apenas momentaneamente. Já fez isso outras vezes e bem sabemos que esse governo não é digno de confiança. Não há outro caminho fora das lutas organizadas da categoria.
Temos muitos instrumentos de luta, dentre eles o sindicato e no
sindicato o Coletivo Contra Opressões “Maria Bonita”.
Dia 25 de setembro, as 10h no Vão Liivre do MASP, acontecerá a Assembleia Estadual de Professores. Paralisar um dia nossas
atividade e lutar em defesa de nossos direitos está na ordem do dia!!!
Procure o
R.E (Representante de Escola) no seu local de trabalho, se não tiver um(a)
eleja-se, organize sua escola para este dia e venha se somar a luta daquelas e daqueles que não aceitarão de
braços cruzados os ataques do governo sobre nossa categoria.
Mobilize-se!!!
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