quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Coletivo Contra Opressões Maria Bonita faz amplo chamado ao I Encontro Nacional do M.M.L - Movimento Mulheres em Luta

Entre os dias 04,05 e 06 de outubro, na cidade de Sarzedo, MG, vai ocorrer o I Encontro Nacional do M.M.L. (Movimento Mulheres em Luta). Os objetivos deste encontro são organizar as lutas das mulheres trabalhadores, atualizar seu programa e avançar na organização e estruturação do MML.Vivemos em uma sociedade machista, por isso, os problemas sentidos pela classe trabalhadora são mais sentidos pelas mulheres trabalhadoras. Além dessa realidade, sofremos com a violência doméstica, um problema crescente no Brasil. Em 30 anos, mas de 90 mil mulheres foram mortas, sendo que metade disso foi na última década. Em 4 anos, os casos de estupro cresceram 15%, e as principais vítimas são mulheres trabalhadoreas, que utilizam o transporte público, local onde se dá muitas ocorrências, que voltam tarde de seu trabalho ou saem antes de amanhecer e precisam passar por ruas mal iluminadas. Também se incluem aqui mulheres lésbicas que sofrem o chamado “estupro corretivo”.No que diz respeito aos direitos reprodutivos das mulheres, assistimos a debates que são verdadeiros retrocessos, como a proposta do “Estatuto do Nascituro” que transforma a vítima de violência sexual em culpada, pois a proíbe em optar a interromper a gravidez nesses casos.
Se por um lado o Estado pune as mulheres que optam por não serem mães, contraditoriamente não lhes garante condições mínimas para exercerem a maternidade. A falta de creches, por exemplo, é um grave problema para as mulheres trabalhadoras, as diferenças salariais entre homens e mulheres, estas recebendo menos para exercerem as mesmas funções, também é um grave problema para o exercício da maternidade.
O I Encontro Nacional do MML buscará organizar lutas que respondam a essa realidade. É fundamental a unidade das mulheres trabalhadora para lutarem contra os ataques que sofrem cotidianamente. O fato, por exemplo, de o Brasil ser governado por uma mulher não significou avanços de fato para as trabalhadoras, pois o governo atente a um projeto voltado para setores da burguesia e do imperialismo que atacam as mulheres trabalhadoras. Portanto, faz-se imprescindível a organização das trabalhadoras em torno de um programa combativo, classista e independente para alcançarem vitórias.O Coletivo Contra Opressões Maria Bonita atua no sindicado de professor@s APEOESP-Guarulhos, Arujá e Santa Isabel e participará ativamente na construção e no amplo chamado para que as professoras se organizem e participem deste encontro. Entre em contato com o MML pelo fone (11)3107-7984 ou (11)98820-4948. Também pode obter maiores informações e se inscrever para participar no encontro entrando em contato com a Subsede da APEOESP-Guarulhos, Arujá e Santa Isabel pelo fone (11)2409-6374. PARTICIPE!!!!! 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Coletivo Contra Opressões Maria Bonita participa do Ato Unificado no dia 30 de agosto. Dia Nacional de Paralisações!!!!

A CSP-Conlutas e outras centrais sindicais fizeram um chamado para um Dia Nacional de Paralisação em defesa aos direitos de trabalhadores e trabalhadoras. Para dizer não a precarização; ao Fator Previdenciário, comprado com dinheiro do mensalão; Por salário igual para trabalho igual;

Às 10h da manhã aconteceu um Ato na Praça Getúlio Vargas em Guaruhos que unificou a luta de professoras, professores, metalúrgicos e químicos em torno dessas pautas comuns.

O Coletivo Contra Opressões Maria Bonita - APEOESP-Guarulhos, Arujá e Santa Isabel participou ativamente do Ato defendendo a necessidade de se combater todas as formas de opressão, como o machismo, o racismo e a homofobia no meio da classe trabalhadora. Essas, e outras formas de opressão, dividem a classe, portanto nos enfraquece de conjunto, por isso entendemos que combatê-las é tarefa de todas e todos os trabalhadores e trabalhadoras. 

Na mesma data aconteceu o Lançamento Nacional do I Encontro Nacional do M.M.L. (Movimento Mulheres em Luta) que acontecerá nos dia 05 e 06 de novembro na cidade de Sarzedo - MG.

Você que tem acordo com essas pautas, venha conhecer o Coletivo Contra Opressões Maria Bonita e construir a luta contra a opressão e a exploração.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Dias 17 e 18 de Agosto acontecerá a III Conferência Estadual de Mulheres da APEOESP

Para se manter no poder, a burguesia se utiliza de vários instrumentos, como por exemplo, as forças armadas, que servem exclusivamente para defender os interesses da dominante. No entanto, nem sempre é possível se utilizar da força bruta para dominar, pois atuando sempre desta forma os dominados certamente se levantariam contra a brutalidade constante. Portanto, é preciso outras "armas", outros meios, tão poderosos quanto as forças armadas, mas que agem sutilmente e cotidianamente. Um desses meios é, certamente, a ideologia.
O machismo é uma ideologia, ou seja, parte de um conjunto de ideias que representam a visão de mundo de um determinado grupo.  Serve, portanto, como um instrumento de dominação que age por meio da persuasão e do convencimento, alienando a consciência humana.  O machismo nos ilude, por exemplo, ao afirmar que as mulheres são o sexo frágil, agem mais pelo sentimento que pela razão e assim vão nos convencendo, por exemplo, de que serviços domésticos são tarefas "naturais" da mulher, assim como o cuidado dos filhos. Seria, portanto, uma tarefa, também "natural" da mulher a educação e o ensino. Isso traz consequencias desastrosas para a mulher trabalhadora, neste caso específico às que se dedicam ao magistério.
Nossa categoria é majoritariamente feminina, por conta disso, o machismo passa a ser utilizado pelos governos como pilar de sustentação ideológica para rebaixar os salários e não garantir condições de trabalho para o quadro de profissionais da educação.  Neste sentido, lutar contra o machismo é um desafio a ser encarado e combatido cotidianamente pelo conjunto de nossa categoria. Esta não é, portanto, tarefa secundária, mas primordial. Tarefa esta que passa, necessariamente, pela organização das mulheres para debater o tema e tirar políticas e ações a ser levadas adiante pelas direções sindicais.
Nos próximos dias 17 e 18 de agosto, acontecerá a "III Conferência Estadual de Mulheres da APEOESP". É preciso organizar as trabalhadoras que não se deixam levar pela ilusão de que o fato de termos uma mulher na presidência nos trará grandes conquistas. É preciso ir além e compreender de que lado estão as mulheres que hoje ocupam cargos de poder. Em sua grande maioria representam e defendem os interesses dos de sua classe e não das mulheres trabalhadoras.  Portanto, temos como tarefa nos organizar e participar desta atividade para se fazer um contraponto às políticas de defesa do governo de frente popular que na prática pouco faz pelas trabalhadoras.
Não fique de fora, procure a/o R.E. (Representante de Escola) de sua escola e garanta sua participação!!!!!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dia 30 de agosto - Dia Nacional de Luta

Dia 30 de agosto será um passo importante para a luta da juventude e da classe trabalhadora. 
Dê o seu voto na enquete ao lado.

terça-feira, 23 de julho de 2013

I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta!!!!

LUGAR DE MULHER É NA LUTA!!!!
Vem aí o I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta!!!
Maiores informações visite o blog do M.M.L e faça já sua inscrição!!!!

25 de Julho - Dia Latino Americano e Caribenho de Luta da Mulher Negra!!!!


DIA 25 de julho é dia de Luto!

Luto por milhares de mulheres negras que foram arrancadas de seu, sequestradas de suas terras, mortas e colocadas como objeto para se comercializar. Por isso fazemos desse dia de luto um dia de luta. Para que nenhuma mulher mais seja vitima do racismo, do machismo e do capitalismo. Vamos junt@s tomar as ruas!!!!!
Dia 25 de julho, às 17 horas no Largo do Paissandu, ao lado da Tstatua da Mãe Preta!!!!
Junt@s dizer não há capitalismo sem racismo e machismo. 
Não fique de fora essa luta é de tod@s!!!!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mas afinal, o que é uma família? Será a Igreja a melhor instituição para responder a esta questão?

Liberdade religiosa deve ser defendida como um direito fundamental a todas as pessoas. Assim como a liberdade de não seguir religião alguma, isso inclui ainda o direito a opiniões diversas sobre a existência ou não de um deus. É dever do Estado garantir a livre expressão de fé, ou não fé, combatendo e punindo qualquer tipo de discriminação motivada por questões religiosas. O que não se pode admitir, em hipótese alguma, é a interferência da religião, seja ela qual for, nos assuntos do Estado, ou seja, há que se preservar a total separação entre Igreja e Estado. 

De acordo com a Constituição Brasileira, o Estado é laico, ou seja, deve se manter neutro em relação a conceitos religiosos. Neste sentido, necessita tratar todas as pessoas de maneira igualitária, independentemente da religião professada por cada indivíduo. A neutralidade também pressupõe a não preferência a indivíduos de determinada religião em detrimento de outras.  Uma atuação diferente dessa por parte do Estado o constituirá como teocrático, como por exemplo o Vaticano ou o Irã,  estados onde há uma única religião oficial. 

Apesar de a laicidade estar expressa na constituição, o Brasil não é, na prática, um Estado secular, haja vista, por exemplo, a existência de diversos feriados que seguem o calendário da religião católica em detrimento de celebrações presentes nos calendários de outras religiões.

Há algum tempo, a interferência religiosa nos assuntos do estado vem se tornando pratica frequente  o que nos remete de volta a Idade Média, período no qual a divisão entre Igreja e Estado não existia. O resultado dessa estranha combinação, conhecemos bem: atraso científico e tecnológico, super exploração, escravidão, segregação, elitização da educação, cultura, ciência, perseguição e assassinato de mulheres, homossexuais etc. Maior exemplo do genocídio de mulheres e gays foi a "Santa Inquisição", por exemplo.

O Estado deve garantir, entre outras coisas, igualdade de direitos civis, um exemplo disso é o casamento entre pessoas do mesmo sexo.  Se o cristianismo condena a homossexualidade ao fogo e a danação eterna, em nome de um livro que para eles é sagrado, que o façam restritamente nos marcos de seus templos. No entanto, os cristãos não se contentam em condenar seus milhares de féis homossexuais, querem impor seu jugo ao conjunto de homens e mulheres, gays, lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros seus preceitos religiosos, impedindo, assim, que essa multidão de pessoas tenha acesso a direitos civis fundamentais e que deveriam ser garantido a todas e todos, indiscriminadamente. 

Um dos argumentos que a chamada "bancada evangélica" utiliza para expor seu preconceito é o fato, segundo eles, de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo coloca em risco a família. Este argumento apresenta uma série de equívocos. Em primeiro lugar há uma incompreensão do que é uma família.

Em "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado", do teórico revolucionário alemão Friedrich Engels, são apresentadas cinco tipos de organização social familiar. Esta classificação é fruto de seus estudos que buscou fazer um resgate histórico a respeito da formação e desenvolvimento da civilização. O pesquisador percebeu que as formas de organização familiar variam conforme o tipo de organização social. 

Nas primeiras sociedades, chamadas por ele de fundacionais, as famílias eram constituídas pela união carnal e ou colateral de irmãos e irmãs no seio do grupo, denominada por ele família consanguínea. Outras sociedades dão origem a família punaluana, constituídas por meio de casamento coletivo de grupos de irmãos e irmãs, carnais e colaterais. Outro tipo e a família sindiásmica, matrimônio por grupos, no qual o homem tinha um parceiro sexual principal e a relação com outros parceiros fora dessa união principal era totalmente livre, pública e encarada com naturalidade. Em todas essas formas de organização familiar, as relações homossexuais masculinas e femininas também eram tomadas com naturalidade, sendo livres e públicas.

A família monogâmica, que é aquela com base na união de um só casal, com coabitação exclusiva dos cônjuges, surge com o fim do comunismo primitivo e o surgimento da propriedade privada e com ela a sociedade de classe. Neste novo modelo social, a propriedade, que antes era coletiva e atendia as necessidades de toda a comunidade, passa a ser dividida tendo o homem como o centro do poder. Para este, se mantém o direito irrestrito de ser infiel e satisfazer sua libido, ao passo que a mulher, assim como o gado, os instrumentos agrícolas passa a ser ela também propriedade do homem, sendo a monogamia uma imposição exclusiva dela. As razoes disso são puramente econômicas, uma vez que para garantir a propriedade o homem precisa ter seus filhos legítimos, ou seja, de sua mulher oficial, que lhe garantiria o direito de passar suas propriedades por meio de herança. Essa forma é encontrada desde a antiguidade clássica ate os dias atuais. Cobra-se, portanto, da mulher a tolerância, o governo da casa e a vigia de servas e escravas, que mais tarde tornavam-se também elas amantes de seu marido. Neste contexto, homossexuais masculinos e femininos passam a ser discriminados e hostilizados, pois não geram filhos para garantir o direito a herança, nem mão de obra para a exploração. Portanto, a versão atualizada do casamento monogâmico é resultado de todo esse processo originado com o surgimento da propriedade privada. 

Por volta dos anos 391 e 392, o cristianismo ganha força e poder ao ser proclamado a Religião Oficial do Império Romano, pelo Imperador Teodósio I. Este passa a perseguir e combater as outras religiões, proibindo qualquer outro culto religioso. Na Idade Média a quase totalidade do continente europeu foi cristianizada pela Igreja Católica. No Oriente Médio, Norte da África e na Índia os cristão seguiram sendo minoria absoluta. Após o período das grandes navegações e da colonização  o cristianismo se difundiu nos países da América e resto do mundo. 

Os antigos deuses pagãos foram substituídos pelos santos, os cultos adaptados e a Igreja Católica cria preceitos e dogmas  bem como novos conceitos religiosos, como é o caso do "purgatório". Este seria, de acordo com a igreja, o lugar reservado para a purificação das almas dos pecados terrenos. O tempo que as almas passavam no purgatório era determinado pelo pagamento de indulgências. Todos que se pusessem contra os dogmas e preceitos da Igreja Católica eram considerados hereges e passavam a ser perseguidos. Quando capturados, eram entregues as autoridades do Estado para serem julgados e condenados. Neste contexto, a separação entre Igreja e Estado não existia. 

As punições aos hereges variavam desde o confisco de bens, torturas, perda de liberdade até a pena de morte. Um dos métodos de condenação a morte mais utilizadas pela Igreja Católica era a fogueira.  Todo esse processo de perseguição, condenação e assassinato foi institucionalizado pela Igreja sob o título de "Santa Inquisição."

Esta torturou e matou milhares de mulheres e homossexuais. Os chamados processos de bruxaria prosseguiram por muitos anos, mesmo depois do fim da Inquisição. A Reforma Protestante manteve a "caça as bruxas" durante anos. Com relação a homossexuais o nível de opressão se intensificava sobremaneira. Em casos de condenação de gays, lésbicas ou transexuais, estes não eram queimados como os demais, mas eram utilizados como parte da lenha da fogueira. Daí a origem do termo inglês "fagget" para designar homossexuais. O sentido original desta palavra é lenha, mas passou a ser utilizada para designar, de forma depreciativa, homossexuais. 

Portanto, machismo e homofobia são constantes na história do cristianismo, assim como o racismo. Para justificar a escravidão, por exemplo, a Igreja Católica instituiu a tese de que os negros eram seres sem alma. Mesmo passados séculos do fim da Santa Inquisição, da reforma protestante e da,  ainda que limitada, separação entre Igreja e Estado, conserva-se no seio do cristianismo posturas racistas, machistas e homofóbicas. 

Neste sentido, deixar que a Igreja, ou melhor, que o cristianismo ou outra religião qualquer responda o que é de fato uma família, é no mínimo uma postura reducionista. Seja pelo fundamento teológico de seu argumento, como por exemplo se utilizar dos mitos do gênese para explicar questões de gênero, quanto pelo posicionamento, historicamente, ligado a classe dominante. A Igreja defende e propaga as ideologias da classe a qual serve. Ideologias que fortalecem a moral burguesa reafirmando o machismo, a homofobia e defendendo a estrutura familiar burguesa, de caráter patriarcal e monogâmica  como apontado por Engels, estrutura familiar que serve, exclusivamente, como um dos pilares da propriedade privada e da reprodução do capital. 

Por essas e outras questões, a defesa de um estado laico é passo fundamental para se garantir direitos fundamentais para mulheres e LGBTs. É preciso compreender ainda que as conquistas alcançadas sob o capitalismo, por mais avançadas que possam parecer, são, na verdade, limitadas. Isso porque no Estado burguês, todos os direitos são reservados exclusivamente para a classe dominante. Apenas aos burgueses são garantidas as liberdades democráticas. Portanto, é fundamental a estrita união entre as lutas democráticas, contra as opressões à luta de classes. O fim das opressões e da exploração só será concretizada em uma sociedade não mais baseada na exploração e no lucro, mas organizada a partir dos interesses e das necessidades da maioria, portanto, numa sociedade socialista. 



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vem aí o 1° Encontro Nacional LGBT da CSP-Conlutas


Nos próximos dias 28, 29 e 30 de Junho, ocorrerá na cidade de São Paulo – SP, o I Encontro Nacional LGBT da CSP – Conlutas. Essa será uma atividade de extrema importância para a nossa central, pois será um rico espaço onde poderemos elaborar um programa que defenda dos direitos dos trabalhadores LGBT e ajude nossas entidades filiadas a fazer o combate à homofobia em suas bases.

Infelizmente, a situação colocada para gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros em nosso país é dramática. O Brasil segue sendo o campeão em assassinato de homossexuais em todo o mundo. Em 2012, mais de 300 LGBT´s morreram como vítima do preconceito. Além disso, outras centenas foram duramente espancadas, achincalhadas e humilhadas por conta de suas identidades de gênero ou orientação sexual.

Esta situação de homofobia é pior para os LGBT´s da classe trabalhadora que por vezes sofrem assédio moral e sexual nos locais de trabalho e muitas vezes não sabem como recorrer a suas entidades sindicais. Ao mesmo tempo, muitos sindicatos não sabem o que faze diante da situação de homofobia que ocorre em suas bases.

Nesse sentido, queremos reunir na capital paulista operários da construção civil, petroleiros, servidores públicos federais, estaduais, municipais, professores, bancários, estudantes, movimento popular e rural, comerciários, metalúrgicos, gráficos, químicos e todas as categorias de nossa central para que possamos fazer uma boa analise de conjuntura da situação dos LGBT´s em nosso país, iremos destacar a importância de mantermos atentos aos homofóbicos de plantão como Marcos Feliciano, Bolsonaro, Miryan Rios etc. , que nos atacam quotidianamente.

Queremos destacar a importância desse momento histórico: O I ENCONTRO NACIONAL LGBT será um instrumento para que esse setor possa se organizar por meio de ações nos sindicatos, fortalecendo a organização por local de trabalho e levantando a bandeira da luta contra as opressões.

Em breve, enviaremos todas as informações e contatos para que os interessados possam nos acessar, conhecer nossa estrutura organizativa e contribuir com nossos debates.

Setorial LGBT da CSP-Conlutas 

Casamento homossexual é aprovado no Brasil



Na manhã da última terça-feira, 14 de maio, durante a 169ª Sessão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), foi aprovada uma resolução, apresentada pelo deputado Jean Wyllys (PSOL), que obriga todos os cartórios do país a celebrarem o casamento civil entre homossexuais, bem como a conversão da união estável em casamento civil em todos os estados. A resolução foi aprovada com 14 votos a favor e 1 contra. Embora ainda possa ser contestada no Supremo Tribunal Federal (e muito provavelmente será pelos setores fundamentalistas), o tribunal já emitiu sua posição quando aprovou a igualdade de direitos em uniões estáveis em 2011, e, além disso, o autor da resolução aprovada na terça é o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF.
Dessa forma, o Brasil se torna o 15º país no mundo e o 4º país americano a reconhecer legalmente os direitos civis de casais homossexuais. Após a aprovação na Holanda e posteriormente na Alemanha, em 2001; a Bélgica aprovou o casamento igualitário em 2003; Espanha e Canadá em 2005; África do Sul em 2006; Suécia e Noruega em 2009; Portugal, Islândia e Argentina em 2010; Dinamarca em 2012; Nova Zelândia, Uruguai e França em 2013, e agora o Brasil. Além do Brasil e do Uruguai, mais dois países americanos devem aprovar o casamento igualitário ainda este ano: a Colômbia e os EUA.
Uma conquista histórica
A luta do movimento LGBT brasileiro conquistou, em 2011, o reconhecimento de uniões estáveis. Agora, em um momento no qual o movimento LGBT toma as ruas na luta contra Feliciano, conquista a bandeira histórica do casamento igualitário. Com esta resolução, os casais homossexuais podem, por lei, usufruir dos mesmos direitos de um casal heterossexual, o que implica que um casal homossexual constitui uma família da mesma forma que um casal heterossexual.
A bandeira do casamento homoafetivo é histórica. Há mais de 40 anos, a comunidade LGBT organizada vai às ruas, em diversos países, exigindo o reconhecimento dos direitos civis. Na década de 70, nos EUA, uma palavra de ordem expressava bem o que significa essa luta: “Diretos civis ou guerra civil!” (civil rights or civil war!).
Para nós, do PSTU, o reconhecimento da união de casais homossexuais, com todos os direitos dos demais casais, é um importante avanço na busca de uma sociedade mais igualitária; avanço que, sob o capitalismo, só pode ser conquistado com muita luta. A exigência do reconhecimento do casamento está em nosso programa desde a Convergência Socialista (uma das correntes que formou o PSTU em 1994), e atuamos no movimento LGBT brasileiro desde a sua gênese na década de 80.
A aprovação do casamento é fruto do acúmulo das lutas dos mais de 20 anos de movimento LGBT organizado no país. Por isso, não podemos achar que o Poder Judiciário é nosso aliado. Embora o Poder Judiciário esteja, pelo menos desde 2011, respondendo às pressões do movimento LGBT, as várias instâncias do judiciário não medem esforços para atacar os direitos dos trabalhadores, como o direito de greve, para criminalizar os pobres e os movimentos sociais, favorecer grandes empresas, legalizar a privatização do serviço público etc. Como triste exemplo desse papel do judiciário, há cerca de um ano, o STJ absolveu um homem que estuprou três meninas de 12 anos, usando a prostituição infantil a favor do estuprador.
Apesar do casamento, a homofobia cresce
Embora o Brasil seja o 15º país no mundo a reconhecer o casamento homoafetivo, ainda é o líder absoluto em assassinatos de LGBTs, com recordes a cada ano e uma verdadeira escalada da violência em curso. Dessa forma, ainda não é possível que os casais homossexuais usufruam de fato dos mesmos direitos dos casais heterossexuais em conformar uma família, uma vez que não existe para os casais homossexuais sequer uma garantia de sobrevivência: para que os direitos existam de fato é preciso criminalizar a homofobia. Além disso, é improvável que todos os direitos sejam de fato automaticamente garantidos, teremos que lutar muito para fazer valer essa resolução.
Com a aprovação do casamento civil igualitário, desfaz-se a polêmica que existia dentro do movimento LGBT sobre qual deve ser a pauta prioritária. Devemos seguir unidos e reunir todos nossos esforços para conquistar nas ruas a criminalização da homofobia, para garantir os direitos democráticos, em sua plenitude, a todos os LGBTs e não somente aos casais de gays e lésbicas. Devemos também seguir lutando pela ampliação da garantia dos procedimentos de transexualização gratuitamente pelo SUS, pelo fim da burocracia no processo de mudança de nome civil, pela despatologização das identidades trans, por um sistema educacional e de saúde pública que reconheça a sexualidade humana em toda sua diversidade e por todas as bandeiras que façam avançar nossos direitos.
Apesar do Congresso Nacional ser apático a nossas reivindicações, sendo lento nas votações de leis que fazem avançar nossos direitos, mas rápido e eficiente nas votações que atacam os trabalhadores, apesar de Feliciano ainda estar na Comissão de Direitos Humanos, e apesar do silêncio e da inércia de Dilma, que nunca declarou, nem mesmo formalmente, nenhum tipo de apoio aos LGBTs nem mesmo contra seu aliado Feliciano, devemos ter consciência que a aprovação do casamento é uma grande conquista, arrancada nas ruas (e não nos tribunais). Esta conquista deve servir de motor e combustível para que sigamos ainda mais fortes nas ruas, exigindo do Congresso e de Dilma os nossos direitos, enfrentando Feliciano e todos que estiverem barrando o caminho em direção a uma sociedade mais justa.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Reunião de Representantes de Escola - APEOESP-Guarulhos, Arujá e Santa Isabel.

06 de Março: I Reunião de Representantes de Escola de 2013

No dia 06 de Março de 2013 aconteceu a I Reunião Ordinária de Representantes de Escola da APEOESP. 
A Subsede Guarulhos, Arujá e Santa Isabel, além da pauta de campanha salarial organizou uma mesa de debate sobre o "Dia Internacional da Luta da Mulher Trabalhadora".  

Marcha Unificada de Mulheres. 08 de Março de 2013

Coletivo Contra Opressões "Maria Bonita" participa da Marcha Unificada de Mulheres em São Paulo.

No dia 08 de Março de 2013 aconteceu em São Paulo a Marcha Unificada de Mulheres. O Coletivo Contra Opressões "Maria Bonita" esteve presente levando para a atividade suas representantes que levantaram a palavra de ordem contra o ACE (Acordo Coletivo Especial) que representa um cruel ataque contra os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores, pois propõe a flexibilização da CLT. 
Estiveram presentes outros grupos organizados que reivindicaram direitos e exigiram o fim da violência contra a mulher. 





Debate "A Luta das Mulheres Trabalhadoras" E.E. Profa. Salime Mudeh

8 De março: Dia de Luta das Mulheres Trabalhadoras.
Contrariamente ao que apregoam os meios de comunicação, voltados exclusivamente para questões comerciais, o 08 de Março não é um dia de festa, mas um dia de homenagear a luta da mulher trabalhadora. 
Se é verdade que as mulheres conseguiram, a custa de muita organização e luta, arrancar grandes vitórias, como o sufrágio universal, também é verdadeiro afirmar que ainda se encontram oprimidas e super exploradas. 
A violência contra a mulher avança a olhos vistos. No Brasil 10 mulheres morrem diariamente vítimas de violência. As mulheres continuam recebendo salários diferenciados para exercer uma mesma função que um homem. No caso das mulheres negras isso se agrava, pois segundo dados de organizações internacionais, a mulher negra chega a receber 1/3 do salário de um homem branco. Não podemos nos esquecer da violência praticada contra as mulheres lésbicas, bem como contra as mulheres transexuais. 
Na categoria de professoras e professores, além de todas estas questões, outras mais se somam. Podemos citar, por exemplo a Lei Complementar 1041/08 que limita o número de faltas médicas a 6 (seis) anuais, impedindo assim que as professoras, 80% da categoria, possam exercer o direito de ser mãe, uma vez que necessitam, minimamente, de 9(nove) consultas de pré-natal. 
A Lei Complementar 1132/11 que regulamenta a contratação temporária de professoras e professores também representa um grande ataque contra a mulher, pois reduz os direitos, como o número reduzido de faltas abonadas e justificadas, redução do direito a licença maternidade restrita a quatro meses, bem como o período de quarentena entre um contrato e outro, o que faz com que as professoras passem quarenta dias impedidas de trabalharem no serviço público. 
Há que se levar em conta ainda o fato de que a ideologia machista adentra os muros da escola diariamente e se expressa no cotidiano da sala de aula. Muitos são os casos de agressões morais e físicas contra as professoras.
Por tudo isso, faz-se imprescindível o debate no interior das escolas para que professoras e professores compreendam que este é um problema que enfraquece a classe trabalhadora de conjunto, pois cada ataque desferido contra as mulheres é um ataque contra a classe e fator de fortalecimento dos patrões. 
Foi pensando a questão da mulher sobre esta perspectiva que aconteceu na E.E. Profa. Salime Mudeh um debate sobre o tema da mulher. O debate foi conduzido pela professora Sheila que abordou todas essas questões, além de fazer um chamado para a organização das mulheres trabalhadoras.