domingo, 25 de novembro de 2012

Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência divulga dados da violência homofóbica!!!!


Recentemente a Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência, divulgou oficialmente dados a respeito da violência homofóbica sofrida pela comunidade LGBT. Segundo este órgão do governo, são registradas cerca de dezenove denúncias diárias de violência motivada por preconceito homofóbico e ou identidade de gênero. Também aponta que os agredidos e agredidas tem um perfil: são em sua grande maioria homens, gays, negros entre 15 e 29 anos e as agressões acontecem na maioria dos casos por parentes e/ou vizinhos. 
Este estudo teve como base os dados coletados em 2011 pelo Disque 100, que recebe e verifica denúncias de violações de direitos humanos, somados a registros da ouvidoria do SUS, da Secretaria de Políticas para Mulheres e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação. É a primeira vez que o Governo Federal divulga estatísticas do gênero. 
As denúncias de violência alcançaram o alarmante número de 6.809, somente em 2011. Em 62% dos casos, o suspeito era conhecido da vítima, um familiar ou vizinho. Outro dado lamentável refere-se ao fato de que a casa da vítima é o local onde mais acontece a violência, respondendo por 42% dos casos. A rua, por sua vez, é o local de outros 31% dos casos. Em cerca de um terço do total, a violência foi cometida por desconhecidos, sendo que 9% dos casos não tiveram a identidade do suspeito informada. 
Quando ao perfil majoritário dos agressores, o estudo aponta que: em 52,5% dos registros, é homem; 43,9%, é heterossexual - e também tem de 15 a 29 anos. A maioria dos registros também aponta mais de um agressor. A violência psicológica, como humilhações e ameaças, foi a principal reclamação, com 42,5% do total, seguida de discriminação, 22%, e violência física, 16%..
Esses dados vem confirmar as pesquisas que são realizadas pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), desde 2006 e que já alertavam a sociedade e os órgão do governo a respeito do verdadeiro genocídio da comunidade LGBT. 
Como apontado anteriormente, este é o primeiro apontamento de um órgão oficial do governo, o que mostra o total descaso para com a questão. Nota-se também, que a elaboração e divulgação desta pesquisa não resulta em ações concretas por parte do Governo Federal para combater a violência contra LGBTs, muito pelo contrário.
Conforme apontado na pesquisa, tanto os agressores quanto os agredidos pertencem a uma mesma faixa etária. São jovens entre 15 e 29 anos. Portanto, encontram-se em idade escolar o que justifica a necessidade de se debater o tema nas unidades escolares e dar a batalha pelo combate ao preconceito e a discriminação.
Na contramão de tudo isso, em 2011 a presidente Dilma Rousseff, ignorando os dados de seu próprio governo, vetou o Kit anti Homofobia, que seria um material a ser trabalhado nas escolas públicas brasileiras. De acordo com declarações públicas da própria presidente, "seu governo" não "faria propaganda de opção sexual", deturpando, portanto, todo o caráter do material que não seria, nem de longe, um material de propaganda, mas um material de combate à violência homofóbica. Na verdade, o que motivou o veto da presidente foi proteger Palocci de uma CPI que investigaria as acusações de enriquecimento ilícito. Pressionada pela bancada evangélica e conservadora, a presidente, literalmente, "rifou" os direitos LGBTs em troca da cabeça de Antônio Palocci. 
Desde 2006 tramita no senado a PLC 122, projeto de lei que tem por objetivo a criminalização da homofobia. Diante dos altos índices de assassinatos, esta lei federal é uma urgência. No entanto, passa por grandes dificuldades, pois existe, inclusive na base aliada do governo, um setor que se opõe a qualquer legislação que garanta direitos a LGBTs. A última relatora da PLC 122 foi a senadora Marta Suplicy (PT-SP), mas em setembro de 2012, em troca do cargo de Ministra da Cultura, abandonou a relatoria da PLC, colocando o projeto em situação de extrema vulnerabilidade, pois quem pleiteia a relatoria da PLC é o senador Magno Malta (PR-ES), conhecido por sua postura extremamente homofóbica e contrária a qualquer avanço nos direitos da comunidade LGBT. 
O que fica para nós e a evidente constatação de que o movimento não pode depositar sua confiança nos governos, pois já está mais que demonstrado o fato de que todos eles, sem exceção, defendem outros interesses que não os da classe trabalhadora, muito menos os de setores oprimidos como mulheres, negras, negros e LGBTs. 
É preciso reorganizar o movimento com um recorte classista e independente de governos e de patrões. Tomar as ruas e exigir os direitos que historicamente nos foram negados. 






terça-feira, 13 de novembro de 2012

Uganda votará projeto de lei que prevê pena de morte para homossexuais


13 novembro 2012

Uganda votará projeto de lei que prevê pena de morte para homossexuais


A presidente do Parlamento de Uganda, Rebecca Kadaga, disse que o projeto de lei será votado pelos legisladores antes do final deste ano.

Nas últimas semanas, Kadaga tem repetidamente sugerido que os deputados irão finalmente ter a chance de votar sobre a legislação. O projeto de lei foi introduzido pela primeira vez em 2009 por David Bahati, mas ainda tem que obter a aprovação parlamentar.

Na segunda-feira, Kadaga disse à Associated Press que o projeto de lei, que originalmente prevê a pena de morte para alguns atos homossexuais, se tornará lei antes do final do ano.

Os Ugandenses "estão exigindo isso", disse Kadaga, reiterando a promessa que ela mesmo fez depois de voltar de uma conferência no Canadá, no mês passado (aqui).

Sexta-feira passada, um protesto anti-gay aconteceu em frente a uma escola na capital de Uganda, Kampala, com pais e alunos segurando cartazes dizendo que a homossexualidade é uma "abominação". Kadaga prometeu, então, considerar votar o projeto de lei em duas semanas, declarando que "o poder está em nossas mãos."

No início da semana passada, Kadaga participou de uma conferência sobre Gênero e Política no Portcullis Westminster House, em Londres. No mesmo evento a vice-Presidente do partido conservador inglês, Margot James, que é assumidamente lésbica, pediu para que os políticos do mundo todo promovam os direitos dos cidadãos LGBTs, e mencionou a situação caótica por que passam os homossexuais em Uganda.

Pepe Julian Onziema, um proeminente ativista gay ugandense, disse que a nova investida para aprovar a lei é frustrante. "É decepcionante, mas nós também vamos tentar uma reunião com a presidente para discutir o assunto", disse Onziema. No entanto, é improvável que Kanaga concorde com tal reunião.

Apesar do projeto de lei parecer ser muito popular em Uganda, ele tem atraído muitas críticas no exterior. O presidente dos EUA, Barack Obama, descreveu o projeto como "odioso", enquanto alguns países europeus ameaçaram cortar a ajuda financeira para o país africano caso o projeto se torne lei

Fonte: http://www.nossostons.com/2012/11/uganda-lei-anti-gay-pena-de-morte.html?utm_source=feedburner&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+nossostons+%28Nossos+Tons%29

Moção de Repúdio à SABESP pela demissão motivada por Transfobia


MOÇÃO DE REPÚDIO À SABESP PELA DEMISSÃO MOTIVADA POR DISCRIMINAÇÃO TRANSFÓBICA DA COMPANHEIRA TRANSEXUAL JACQUELLYNE DEL BELLO DA SILVA

MOÇÃO DE REPÚDIO À SABESP PELA DEMISSÃO MOTIVADA POR DISCRIMINAÇÃO TRANSFÓBICA DA COMPANHEIRA TRANSEXUAL JACQUELLYNE DEL BELLO DA SILVA.
São Paulo, 1º de Novembro de 2012.
A CSP – Conlutas e suas entidades filiadas e movimentos populares repudiam o processo ilegal de demissão da companheira transexual Jacquellyne Del Bello da Silva, concursada desde 1998, que sofreu um processo de perseguição Transfóbica que culminou em sua demissão.
Infelizmente, esse bárbaro fato foi acompanhado pelo Sindicato dos Trabalhadores, SINTAEMA, que nada fez para defender e impedir a demissão que ocorreu em função de sua identidade de gênero.
A companheira Jacqueline já sofria discriminação há anos por parte de seus colegar de trabalho, principalmente por parte de suas chefias que nunca aceitaram sua identidade de gênero. No entanto, este processo começou a se agravar nos últimos dois anos quando suas transformações corporais advindos de seu tratamento hormonal lhe deram a aparência que melhor lhe agradava e que condizia com a sua verdadeira identidade de uma mulher transexual.
A partir disso se iniciou todo um processo de assédio moral e perseguição implacável por parte de suas chefias.
Todo o processo de demissão da companheira transexual Jacquellyne, foi dado de forma ilegal e por um motivo torpe construído por meio de factoides construídos por sua chefia que além de não aceitarem sua transformação advinda de seu tratamento hormonal, começou a discriminá-la e persegui-la, chegando ao ponto de não aceitar seus laudos médicos e psicológicos sobre sua identidade de gênero feminina.
Em função disso, a companheira foi exposta por suas chefias que indiretamente permitiram e alimentaram todo o processo de discriminação transfóbica feita pelos seus colegas de trabalho, além de promoverem um criminoso assédio moral, tortura psicológica e uma perseguição sem tamanho contra a trabalhadora.
Não podemos deixar de destacar que as inúmeras situações de perseguição e assédio moral que a companheira passou estão: a exposição a diversas humilhações como chacota e piadas preconceituosas de colegas de trabalho, exposição de sua saúde em lugar insalubre , agravando seus processos alérgicos. Além disso, ocorreu um festival de ilegalidades como advertências por ter usado o toalete feminino e obrigá-la a usar toalete masculino como forma de punição e ser tratada pelo nome masculino de registro, negando a todo custo a chamá-la pelo seu nome social feminino.
Em meio a todo este vergonhoso processo de demissão, destacamos o papel do sindicato dos trabalhadores da Sabesp – SINTAEMA, que além de se omitir por completo em todo este nefasto e ilegal processo demissional, colaborando com a empresa, ratificando a homologação da demissão ilegal da companheira.
Diante de todo caso exposto a Csp – Conlutas repudia de forma veemente todo qualquer tipo de preconceito, discriminação etnico-racional, social, sexista, homofobia, lesbofobica e transfobia, colocando a disposição todo seu corpo jurídico para lutar pela reverter a demissão da companheira Jacquellyne Del Bello da Silva e reintegrá-la entre quadros funcionais da Sabesp.
Saudações;
Entidades que Assinam:
CSP-CONLUTAS – CENTRAL SINDICAL E POPULAR
A REDTRANS BRASIL APOIA A CARTA DE REPÚDIO EM CONJUNTO COM CSP-CONLUTAS
INDIANARA SIQUEIRA -SECRETARIA DA REGIÃO SUDESTE NA REDTRANS BRASIL FILIADA À REDLACTRANS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE