sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Em troca de cargo, Marta Suplicy (PT-SP) abandona relatoria da PLC 122


Marta Suplicy (PT-SP) abandonou a relatoria do PLC 122 e Magno Malta pediu para ser o novo relator. A falta de compromisso genuíno da petista com as causas LGBT que ela tanto alega defender deixou o espaço livre para Malta pedir a relatoria do projeto.
A convite da presidente Dilma, Marta Suplicy (PT-SP) saiu do Senado Federal para o Ministério da Cultura. Esse é o motivo por que a "rainha do movimento gay", como é conhecida, prontamente abandonou PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia no Brasil.
Ela era a relatora do projeto desde fevereiro de 2011, quando assumiu o posto da ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO), derrotada em seu estado natal. 
Com sua saída do Senado, assume sua vaga seu suplente, Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), que é católico e contrário à políticas anti homofóbicas. Como senador, Rodrigues irá dar um tom "pró-família" para a vaga que Marta ocupava no Senado.
Em troca de apoia à famigerada candidatura de Haddad para a prefeitura de São Paulo, a fome da petista pelo cargo de ministra da Cultura deixou o PLC 122 sem relatoria, fato bem contraditória para uma mulher que diz não abrir mão das causas LGBTs.
Essa não é a primeira vez que Marta age na base do oportunismo. Em eleição passada à prefeitura de São Paulo, ao ver que estava perdendo, ela insinuou, na propaganda de sua campanha, que o candidato opositor era homossexual. Foi uma jogada estratégica: sabendo que a homofobia impera no país, Marta se aproveitou e tentou tirar a força o outro candidato "do armário", a fim de que o povo reagisse contra ele e a favor dela.
Foi uma jogada de cobra!!!!!
Resta agora se preparar para o que a “cobra” irá aprontar no Ministério da Cultura.
(Artigo escrito por Julio Severo) 

Movimento Mulheres em Luta: Panfleto Especial ACE

Movimento Mulheres em Luta: Panfleto Especial ACE

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Moção de Repúdio do I Seminário Nacional sobre Diversidade Sexual do ANDES -SN


MOÇÃO DE REPÚDIO

Os participantes do I Seminário Nacional do ANDES-SN sobre Diversidade Sexual, realizado na URCA, na cidade do Crato-Ce, nos dias 19 e 20 de outubro de 2012, vêm a público manifestar seu veemente repúdio à violência lesbofóbica que, no dia 16 de outubro do corrente ano, fez mais duas vítimas quando um homem de prenome Alan invadiu a residência de Daiane Almeida dos Santos, 22 anos, e Djenane Ferreira Lima, 19 anos, e as esfaqueou, deixando a primeira gravemente ferida e assassinando a segunda.
Esse é o 2° caso de violência lesbofóbica que vitimiza um casal de lésbica na região metropolitana de Salvador, em menos de 4 meses. No mês de agosto, o casal Laís Fernanda dos Santos, 25, e Maiara Dias de Jesus, 22, em Camaçari, foram barbaramente assassinadas por um homem que, segundo informações policiais, possivelmente seja o ex-namorado de uma das vítimas.
Assim como esses casos de violência lesbofóbica, vários outros casos de violência física nem chegam às estatísticas policias, pois muitas vítimas sentem-se constrangidas na oficialização da denúncia dos agressores, assim como os milhares de casos de assédios e bullying com essa motivação nas escolas, locais de trabalho e no atendimento em hospitais, delegacias e consultórios, público e privado. Todos esses casos de violência revelam as conseqüências de uma ideologia e discurso heteronormativo, sexista e homofóbico que precisamos combater.
Também, cabe-nos ressaltar que as violências homofóbica, lesbofóbica, transfóbica e travestifóbica são resultado da falta de ações efetivas por parte do governo Dilma, que ao invés de propor uma política de Estado no combate a esses tipos de violências, suspendeu distribuição do kit-anti-homofobia nas escolas, em nome da “moral e dos bons costumes”. Para nós, a falta de uma política aos LGBT traz como conseqüência todos esses tipos de agressões e a morte de centenas de lésbicas, travestis, transexuais e gays anualmente no Brasil.
Exigimos o acompanhamento pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia e a punição de todos os criminosos envolvidos pelos assassinatos das lésbicas, tanto em agosto, quanto em outubro. Reivindicamos, ainda, uma política de Estado de combate à homofobia, lesbofobia, transfobia e travestifobia pelo governo Dilma, pelos governos estaduais e municipais.

Crato-Ce, 20 de outubro de 2012.

Boletim Informativo.

BOLETIM INFORMATIVO
Outubro, 2012
O ano de 2012 contou com diversas atividades como reuniões, palestras e debates promovidos pelo "Contra Opressões Maria Bonita".  Este coletivo entende que a luta contra o machismo, o racismo e a homofobia deve ser cotidiana, neste sentido, combater todas as formas de opressão é também tarefa sindical. Como sabemos, não foi o capitalismo quem inventou as opressões, mas é este sistema quem mais se beneficia delas, pois as utiliza como instrumento de divisão, ou seja, o capitalismo potencializa as opressões para garantir que a sociedade, assim dividida, se mantenha firme na exploração do conjunto da classe trabalhadora.  Portanto, a luta contra o machismo, o racismo e a homofobia não são lutas de setores isolados, mas do conjunto da classe trabalhadora, pois ao eliminarmos as opressões de nosso meio, nos tornamos mais fortes para, de conjunto, lutarmos pelo fim da exploração e pela organização de uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária, uma sociedade socialista. 
As atividades deste coletivo seguem firmes. Ainda no próximo mês teremos uma reunião na qual organizaremos uma atividade para o "Dia da Consciência Negra".
Agradecemos, desde já, a participação de todos e todas. Mais uma vez estendemos o convite para que mais e mais professores e professoras se incorporem nas atividades deste coletivo para que através de nossa formação possamos levar para nossas unidades escolares, bem como em todos os espaços sociais que atuamos, a luta diária contra todo tipo de opressão e exploração.