quarta-feira, 25 de abril de 2012

Proposta de Carta para o 1o Encontro de Mulheres da CSP-Colutas.


Carta do 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas 

Lutar contra o machismo e a exploração,
unir a classe trabalhadora e fortalecer a CSP Conlutas na base

A crise econômica que afeta com mais intensidade os países europeus demonstra que o capitalismo em crise busca na super exploração, incluindo os setores mais oprimidos da classe, a saída para resolver suas crises. Conquistas históricas das mulheres no continente europeu, como a legalização do aborto e a previdência social estão sendo atacadas. No norte da África, as mulheres vêm sendo protagonistas do enfrentamento a ditaduras que exerciam e exercem sobre as mulheres duras consequências. Nesses dois processos, o potencial de mobilização e organização das mulheres tem sido fundamental para vitória das lutas.
No Brasil, a eleição inédita de uma mulher para a presidência da República ajuda a desassociar a mulher do lar, da ausência da vida política, mas a experiência de 16 meses com o governo de Dilma Roussef/PT tem reafirmado a ideia de que não basta ser mulher para defender as trabalhadoras.
O alinhamento do governo do PT às políticas do capital - traduzido na política de cortes no orçamento das áreas sociais, no pagamento de juros exorbitantes que favorecem o enriquecimento da burguesia financeira, na isenção fiscal aos grandes empresários, na privatização dos aeroportos, na aplicação de medidas que se dizem anti-crise, mas reduzem os direitos dos trabalhadores, na criminalização crescente dos movimentos sociais, na manutenção das tropas brasileiras no Haiti, por exemplo – demonstra que Dilma optou por governar para os banqueiros e empresários, atendendo a interesses que não podem ser conciliados aos das mulheres trabalhadoras.
Essas medidas têm consequências particulares sobre as mulheres trabalhadoras. A promessa de construção de 6427 novas creches já está totalmente comprometida, afinal em 2011, nenhuma nova creche foi erguida. Os programas de combate à violência contra a mulher também tiveram seu financiamento reduzido. Com o projeto Rede Cegonha e a MP 557, a presidenta fez retroceder conquistas históricas relacionadas à concepção da saúde da mulher na sua integralidade e não apenas restrita aos períodos da maternidade. Sob o governo de Dilma, o debate sobre a legalização do aborto sofreu um enorme retrocesso, com o compromisso de Dilma na “Carta ao povo de deus”, se comprometendo a não alterar a legislação relativa ao aborto.
A vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas vem desenvolvendo políticas e leis que atuam contra os trabalhadores/as. O episódio do Pinheirinho demonstrou que em favor desses megaeventos, o governo brasileiro está ampliando a criminalização dos que lutam por moradia e promovendo desastres na vida da população pobre.

As mulheres trabalhadoras - As mulheres são metade da classe trabalhadora brasileira (46%). Elas são a maioria dos trabalhadores da Administração Pública, tem presença significativa nas indústrias e nos setores considerados masculinos, como metalurgia, mineração e construção civil, a contratação de mulheres vem crescendo sensivelmente nos últimos 10 anos.
Essa ocupação “feminina”, embora muito importante, é resultante dos processos de reestruturação produtiva e veio acompanhada de precarização de trabalho que afetou toda a classe e as mulheres em particular porque se apoia nos aspectos culturais a respeito do papel da mulher como justificativa para pagar menores salários. Hoje, elas ganham em média até 33% menos que um homem para uma mesma função. Isso afeta a toda a classe porque o valor menor da mão-de-obra feminina ajuda a rebaixar o valor global dos salários.
O trabalho doméstico desobriga o estado e os patrões de garantirem creches, lavanderias, restaurantes públicos e aumenta a exploração, pois a mulher trabalhadora segue tendo responsabilidade com os filhos e a casa. Elas acumulam um dia a mais de trabalho por semana em virtude da dupla jornada.
O machismo tem sido utilizado pelos patrões para ampliar a divisão na classe e aprofundar a exploração. As demandas das mulheres trabalhadoras são demandas da classe e por ela precisa ser levantada. A unidade das mulheres trabalhadoras é com os trabalhadores e não com as mulheres burguesas.
Essa realidade impõe desafios à organização do movimento sindical e popular que se reorganiza sob a perspectiva da defesa dos direitos da classe trabalhadora e do resgate de sua luta e tarefa históricas. A incorporação real das demandas das mulheres trabalhadoras como parte da luta e atuação cotidiana do movimento sindical e popular é parte desse desafio, para combater o machismo, unir a classe e aproveitar o potencial de organização de metade da classe trabalhadora do nosso país.

Por isso, o I Encontro de Mulheres, realizado no dia 27 de abril, apresenta ao Congresso da CSP Conlutas as seguintes propostas:

Principais bandeiras específicas:
- Salário Igual para Trabalho Igual!
- Licença-maternidade de 6 meses sem isenção fiscal, para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a um ano!
- Creches em tempo integral, gratuitas e de qualidade para todos os filhos da classe trabalhadora!
- Anticoncepcionais para não abortar, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
- Revogação imediata da MP 557, que criminaliza as mulheres!
- Fim da Violência contra a mulher! Aplicação e Ampliação da Lei Maria da Penha! Punição dos Agressores, construção de casas-abrigo!

Campanhas Políticas:
 - Reafirmar a inclusão das datas históricas das lutas das mulheres no calendário de atividades da Central: o 8 de março – dia internacional de luta das mulheres trabalhadoras; 28 de setembro - dia latino americano de luta pela legalização e descriminalização do aborto; 25 de novembro - dia latino americano de luta contra a violência às mulheres.
 - Fortalecer as campanhas que a CSP Conlutas vem desenvolvendo, como a “Trabalho Igual, Salário Igual”, e a “Campanha Nacional por Creches”. Essas campanhas devem ser encaradas como o esforço para colocar as mulheres trabalhadoras em movimento, para fortalecer a luta do conjunto da classe trabalhadora e como uma forma de incorporar cotidianamente as respostas políticas em relação às consequências da exploração e da opressão, traduzidas na diferença salarial, na falta de creches públicas e nos locais de trabalho, no assédio moral e sexual nos locais de trabalho, nos transportes públicos.

Medidas Organizativas:
Qualquer organização que se pretende a fortalecer o movimento de massas na perspectiva de dar protagonismo às lutas e necessidades reais da classe trabalhadora precisa dar centralidade política e organizativa aos temas relacionados às lutas das mulheres, por isso defendemos:
Criação de Secretarias de Mulheres nos Sindicatos;
-Cotas para as mulheres nas diretorias, respeitando percentual de mulheres em cada categoria, como instrumento de promoção das mulheres, de formação de dirigentes sindicais, como o esforço para refletir as políticas das mulheres e para criar identificação das trabalhadoras da base com suas direções;
 - Desenvolvimento de organizações por local de trabalho e CIPAS, estimulando a participação das mulheres, sendo os olhos e ouvidos das direções sindicais sobre a realidade da mulher trabalhadora dentro da fábrica, da escola, da obra;
 - Realizar Campanhas de sindicalização voltada às mulheres;
 - Realização de Encontros de Mulheres para deliberar sobre as pautas das mulheres a serem incorporadas na luta cotidiana;
- Cursos e palestras para a categoria e diretoria, como forma de educação política e vigilância constante às posturas machistas que ocorrem no interior do movimento sindical.
 - Avançar e discutir no movimento popular como desenvolver mecanismos para ampliação da participação das mulheres, com a criação de espaços específicos que possam debater a realidade dessas trabalhadoras, encontros de mulheres nas ocupações, reuniões periódicas para discutir a demanda por creche, o combate à violência doméstica, etc.

As mulheres trabalhadoras, reunidas no 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas acreditam que as políticas e ações aqui apresentadas atuam no sentido de fazer agitação política sobre as mulheres trabalhadoras para ganha-las para a luta classista, tarefa fundamental para unir a classe trabalhadora e impor uma derrota aos patrões e governos, fortalecendo a luta por uma sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade socialista. 

domingo, 15 de abril de 2012

Debate com o tema "A Mulher Negra"

Dandara dos Palmares
Coletivo contra Opressões "Maria Bonita" Convida:
Debate com o tema "A Mulher Negra"
DATA: 12/05/2012
HORÁRIO: 14h
LOCAL: APEOESP - Guarulhos. Rua Leonardo Valardi, 203 - Centro. Próximo ao Fórum Municipal.
Venha participar desta importante atividade. 
Será garantida creche.
Não fique de fora!!!!
Contato: coletivomariabonita@bol.com.br 



O Coletivo se prepara para atuar na Parada do Orgulho LGBT de Guarulhos!!!!


As Paradas do Orgulho LGBT foram momentos privilegiados para denunciar a violência e exigir politicas anti-homofóbicas. Infelizmente, nos últimos anos, as Paradas foram sendo cooptadas pelo mercado por meio de financiamento de empresas nacionais e multinacionais. 
Há ainda a participação de governos oportunistas que se aproveitam do evento para se projetarem nacionalmente como "apoiadores" do movimento, mas que na prática nada fazem para que os direitos historicamente negados a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros sejam conquistados. 
Este tipo de Parada reflete a visão de que nossa luta deve ser pura e simplesmente pela "aceitação" enquanto "cidadãos normais" que devem ter direitos garantidos por serem consumidores. Ou seja, uma espécie de "cidadania de consumo".  
Neste sentido, há muito tempo as Paradas perderam seu caráter político para se converter num grande dia de festa e comércio para geração de lucros para bares, restaurantes, hotéis, boates, saunas etc sem que isso seja revertido em politicas que atendam as reais necessidades do setor. Caracteriza-se com "um dia de glória" em contrapartida a uma vida de opressão sofrida cotidianamente nos locais de estudo, trabalho e moradia. 
Há ainda os que influenciados pela ideologia dominante defendem que o valor da parada está em "dar visibilidade a LGBTs". No entanto, esquecem-se o fato de que a visibilidade é uma faca de dois gumes, pois coloca LGBTs em evidência, mas também causa reações negativas e violentas de setores reacionários e conservadores. Não faltam relatos, por exemplo, de casos de violência e assassinatos acontecidos contra LGBTs nos dias de Paradas. Muitos são os grupos homofóbicos organizados que se preparam para atacar homossexuais masculinos e femininos justamente nestes dias. Se aproveitam do mega evento por saberem que há uma alta concentração de pessoas LGBTs em situação vulnerável, pois a segurança é, no geral, muito precária. Fora isso, esses grupos tem total consciência de que inexistem leis em nível federal que criminalizem a homofobia, ou seja, se aproveitam da impunidade para agredir com maior "liberdade". 
Portanto, é preciso resgatar o espírito combativo de STONEWALL  e organizar um movimento LGBT classista e com independência política e financeira. Já está mais que provado o fato de que não podemos depositar nenhuma confiança nos governos, muito menos alimentar ilusões para com os patrões. 
Como sabemos, a homofobia, assim como outras formas de opressão como machismo e racismo, são pilares de sustentação do capitalismo, pois divide a classe trabalhadora e a enfraquece na luta pelo fim da exploração. Portanto, a luta contra a homofobia não é uma luta isolada de LGBTs, mas uma luta do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, pois combater as opressões em nosso meio nos fortalece de conjunto. 
Por este motivo, o Coletivo Contra Opressões "Maria Bonita" - APEOESP Guarulhos, Arujá e Santa Isabel- está se preparando para participar da VII Parada do Orgulho LGBT de Guarulhos que acontecerá no dia 27 de Maio de 2012. Queremos marcar nossa presença por meio de uma coluna que faça a denúncia aberta a esse tipo de evento, bem como um chamado público para que o movimento se reorganize sob uma perspectiva combatica, CLASSISTA  e independente de governos e de patrões. O coletivo está preparando um material específico, panfletos, faixas etc para nossa atuação neste dia.
Você professor e professora da rede pública está convidado para se juntar a esta coluna de lutadores e lutadores!!!!! Sua presença é fundamental!!!!
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!!!!!
O coletivo preparou um vídeo. Segue abaixo o link para acesso.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

I Encontro Nacional de Mulheres da CSP-Conlutas - 27 de Abril, Sumaré/SP

No dia 27 de abril, um dia antes do Congresso da CSP Conlutas, vai acontecer o I Encontro de Mulheres da CSP Conlutas, uma alternativa de organização e luta para a classe trabalhadora brasileira. Por essa responsabilidade, é de fundamental importância a organização das mulheres trabalhadoras, com espaços específicos de discussão e organização de suas lutas, mas com a constante batalha para que as demandas das mulheres sejam permanentemente incorporadas pelo conjunto das organizações da classe trabalhadora, como os sindicatos e a CSP Conlutas.

Para participar do Encontro, não precisa ser eleita delegada, por será um Encontro, que vai discutir a conjuntura e a importância da organização de base para as mulheres trabalhadoras. O Encontro terá uma taxa (35 reais) que vai garantir o café da manhã e o almoço do dia 27 (sexta feira). Para maiores informações, entre em contato com a organização do Encontro através do e-mail encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com e não deixe de participar!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Guarulhos se prepara para o I Congresso Nacional da CSP-Conlutas.

Há muito a CUT, CTB, Força Sindical etc se tornaram centrais sindicais "chapa branca", tudo isso fortalecido pela forma de funcionamento e direção dessas centrais. Seus líderes foram cooptados pelos patrões e pelos governos e se tornaram verdadeiros burocratas do aparato sindical e para se manter afastados de suas bases não exitam em enganar os trabalhadores e trabalhadoras fazendo diversos acordos espúrios com a patronal.
A CSP-Conlutas é uma central sindical e popular em construção cuja estrutura, funcionamento e direção se ordena pelo princípio da democracia operária, ou seja, quem decide seus rumos não é a direção, muito menos os governos e patrões, mas os trabalhadores e trabalhadoras de base.
Fora isso, esta central sindical aglutina além dos sindicatos, a juventude, os movimentos sociais e de combate às opressões, como o machismo, o racismo e a homofobia. Desde sua fundação a CSP-Conlutas esteve presente em todas as lutas que aconteceram nacionalmente.
Neste momento está sendo organizado o primeiro Congresso Nacional da Entidade que acontecerá nos dias 27,28,29 e 30 de abril de 2012 em Sumaré São Paulo.
No cia 27 acontecerá um grande momento do congresso, pois será o Primeiro Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas. Convidamos todos os professores e professoras de Guarulhos a participar da Assembleia de Eleição de Delegados para o I Congresso. A Assembleia acontecerá no próximo dia 14 de abril, às 14 horas no SIMPRO - Rua Maria Lucinda, 53 centro. Organize-se!!!!! Participe!!!!

domingo, 8 de abril de 2012

O discurso de Dilma e a real situação das mulheres trabalhadoras.



No dia 8 de março, a presidenta Dilma Roussef fez um pronunciamento oficial parabenizando as mulheres pelo seu dia e apontando as ações que seu governo, o primeiro de uma mulher, está fazendo em relação às
mulheres.

Apesar de a presidenta apresentar em seu discurso um combate ao falso triunfalismo, de que a vida das mulheres ainda tem muito o que melhorar, a apresentação de seus projetos para as mulheres foi feita como se a vida das mulheres estivessem melhorando, mas será mesmo?

Uma das partes mais entusiasmadas de seu discurso foi em relação à construção de creches. A campanha da presidenta prometeu a construção de 6427 creches. No Brasil, apenas 18,4% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches, o que aponta para que a falta de creches seja a maior dificuldade para a mulher trabalhadora conseguir emprego, ou conseguir se manter nele.

Nesse cenário, o número de 6427 creches já se apresenta muito inferior à demanda. No entanto, sequer essa promessa vem sendo cumprida pela presidenta. Dos recursos previstos para serem repassados aos municípios, nem metade foi concretizado, o que promoveu o triste balanço de 2011, em que nenhuma nova creche foi entregue.

Do ponto de vista do combate à violência, a presidenta comemorou a decisão do STF, de que as denúncias não precisam ser feitas exclusivamente pelas vítimas. Isso é uma vitória da história da luta das mulheres, mas que se o governo de Dilma não investir suficientemente para promover amparo social às vítimas, assim como as delegacias e juizados especializados, pode se transformar em uma grande derrota. Do investimento previsto para 2011 nos programas de combate à violência, houve uma redução de mais de 2/3, o que não foi noticiado pela presidenta no discurso.

Também no seu discurso, Dilma se referiu a ampla quantidade de mulheres chefes de família que sustentam sozinhas suas famílias, mas ela não se lembrou das várias mulheres chefes de família que sofreram com a ação assassina e absurda que ocorreu no Pinheirinho. Apesar de pronunciar a festa em relação ao projeto Minha Casa, Minha Vida, ela não citou qualquer iniciativa para resolver um drama social que indignou o Brasil inteiro.

Do ponto de vista da Saúde pública, a presidenta comemorou a criação do cadastro de mulheres grávidas e o projeto Rede Cegonha. Ela só não contou que a história da luta das mulheres já conquistou muito mais avanços na atenção especial à saúde das mulheres do que esse projeto significa. E esses avanços estão sendo atacados pela falta histórica de investimento público na área da saúde, o que se agrava com o corte histórico no orçamento da união, que ela realizou em seus dois anos de governo (50 bi em 2011 e 55 bi em 2012).

A presidenta iniciou o discurso dizendo que estava se dirigindo às suas “irmãs brasileiras”, “uma conversa de mulher para mulher”. As mulheres que passam por essa realidade não são iguais a Dilma e assim, a identificação pelo fato de ser mulher se perde na diferenciação de acesso a direitos sociais básicos.



quinta-feira, 5 de abril de 2012

II Conferência Estadual de Mulheres. APEOESP



Nos dias 21 e 22 de Abril a APEOESP realizará a sua II Conferência Estadual de Mulheres. Os debates serão em torno dos seguintes temas principais:

  • A participação da Mulher na Política;
  • A falta de vagas em creches públicas;
  • A violência contra a Mulher; 
Todas as 93 subsedes do Sindicato estão mobilizadas para o evento. O Coletivo Contra Opressões "Maria Bonita" está empenhado em enviar o maior número possível de delegadas para esta Conferência. 
Divulgue o evento em sua escola, convide suas companheiras de trabalho e organize-se para participar deste evento. 
Se tiver alguma dúvida entre em contato conosco.  

III Marcha Nacional Contra Homofobia em Brasília.



A III Marcha Nacional Contra Homofobia será realizada no dia 16 de maio em Brasília. As duas anteriores  aconteceram na semana do dia 17 de maio, dia Internacional Contra Homofobia, que também foi instituído no Brasil conforme decreto do ex-presidente Lula em 04 junho de 2010.
O decreto não trouxe nenhum real benefício para o setor LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), pois a impunidade contra crimes de ódio contra homossexuais segue impune e cresce a olhos vistos. Há uma série de contradições com relação ao decreto de Lula, pois em seus oito anos de governo a PLC 122, que criminaliza a homofobia, não saiu do papel. A união civil igualitária é alvo de severas críticas e não há proposta do governo em avançar nos debates. 
No início de seu governo, Dilma optou por dar sequencia ao plano de governo aplicado por Lula. Em 2011, por exemplo, a presidente não exitou por um só momento em vetar o Kit-Anti homofobia organizado pelo MEC em troca da cabeça de Pallocci, transformando direitos LGBTs em moeda de troca. 
Marta Suplicy, senadora de São Paulo pelo PT, também não foge a regra. Ao mesmo tempo em que se auto intitula "defensora dos direitos LGBTs", retirou a PLC 122, de cujo texto é relatora, para reorganizá-lo em parceria com setores mais reacionários do governo. Portanto, nenhuma confiança nos governos, apenas nossa luta organizada e independente poderá arrancar vitórias. 
Segundo os organizadores da III Marcha Nacional Contra a Homofobia, o foto do evento será a exigência da imediata criminalização da homofobia, bem como a cobrança para que o Ministério da Educação e do Palácio do Planalto deem a imediata liberação do programa Escola sem Homofobia.
Acreditamos que a proposta está bem elaborada, mas é preciso ainda acrescentar a ela a exigência de que seja aprovada a PLC 122 em seu texto original. Quanto ao Kit Anti Homofobia, é necessário sua imediata liberação para todas as escolas públicas brasileiras, bem como a garantia de formação para os professores e professoras para que possam trabalhar com este material. 
O Coletivo Maria Bonita esteve presente na I e na II Marcha Nacional Contra Homofobia e tem como um de seus objetivos manter esta política de unidade de ação. 
Organize-se e venha participar conosco desta Marcha.


Maria Bonita


Maria Bonita não se rendeu às agruras da vida difícil no sertão Nordestino. 
Na época em que viveu, final do século XIX e início do século XX, portanto no Brasil República, predominavam as oligarquias de grandes latifundiários que exploravam até a morte milhares e milhares de homens e mulheres. 
Diante de tamanho contraste social, surge, no coração do Nordeste, o Cangaço, um fenômeno social que uniu homens e mulheres para lutar contra  as oligarquias. 
Maria Bonita entrou para a história como a "Rainha do Cangaço" e é preciso resgatar sua história, pois muitas vezes é "narrada" sob a ótica do opressor. 

Venha Para o Coletivo Contra Opressões Maria Bonita APEOESP Guarulhos, Arujá e Santa Isabel



Este Coletivo Contra Opressões é fruto da luta de professores e professoras da região de Guarulhos, Arujá e Santa Isabel. 
Como sabemos, todas as formas de opressão como o machismo, o racismo e a homofobia são fortes pilares de sustentação do Capitalismo, pois divide os trabalhadores e os enfraquece na luta contra a exploração. Assim divididos, ficamos impossibilitados de nos organizar e juntos combatermos a exploração a que todos somos submetidos. Portanto, cada vez que tomamos atitudes machistas, racistas e homofóbicas, não estamos desferindo agressões a alguns setores, mas contra nós mesmos enquanto classe. 
Desta forma, combater as opressões não é tarefa isolada das mulheres, negros, negras ou LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), mas tarefa do conjunto da classe trabalhadora, uma vez que eliminando as opressões de nosso meio nos fortalecemos de conjunto e assim nos tornamos fortes e capacitados para destruirmos toda a forma de exploração do homem pelo homem. Portanto, a luta contra as opressões é tarefa imediata de todos e todas que lutam por uma sociedade justa e igualitária, alcançada apenas  no socialismo. 
Neste sentido, acreditamos ser imprescindível que sejam organizados esses coletivos em todos os sindicatos, pois é no ambiente de trabalho que homens e mulheres dos setores oprimidos sofrem cotidianamente todo o tipo de assédio, perseguição e preconceitos. Portanto, é nos sindicatos que devem encontrar apoio para essas demandas específicas. 
Este é, portanto, o caráter deste coletivo, um coletivo Combativo, Classista e independente de governos e de patrões. 
Venha construir conosco este coletivo. Temos reuniões periódicas nas quais debatemos as questões relacionadas ao machismo, ao racismo e a homofobia além de organizar diversas atividades referentes ao tema. 
Não fique isolado, VENHA PARA O COLETIVO CONTRA OPRESSÕES "MARIA BONITA", JUNTOS SOMOS FORTES!!!!!!